Mercado

Multilaser (MLAS3) promove troca na diretoria após renúncia

Juliane Lopes Chitolina Goulart renunciou ao cargo de diretora de Relações com Investidores

A Multilaser (MLAS3) emitiu fato relevante na noite desta terça-feira (2) informando aos acionistas uma mudança no em sua diretoria. Juliane Lopes Chitolina Goulart renunciou ao seu cargo de diretora de Relações com Investidores, por razões pessoais.

Eder da Silva Grande, diretor Financeiro da Companhia, assume de maneira interina a função em acúmulo ao seu atual cargo.

A companhia ainda informou que o Conselho de Administração está conduzindo o processo de escolha do novo diretor de Relações com Investidores.

Multilaser: Fitch rebaixa rating

Em dezembro passado, a Fitch Ratings rebaixou para ‘A-(bra)’, de ‘A+(bra)’, o rating nacional de longo prazo da Multilaser. No relatório, a agência de classificação de risco retirou o rating da companhia, por razões comerciais. No momento da retirada, a Perspectiva do rating era Negativa.

De acordo com a Fitch, o rebaixamento reflete a frustração contínua no desempenho operacional da Multilaser, com redução significativa das vendas e geração de EBITDA em patamares negativos. A empresa tem enfrentado elevada volatilidade em seus negócios, e a expectativa da Fitch é de que o ambiente de demanda pressionado e a forte competição nos segmentos de eletrônicos continuarão prejudicando os resultados, ao menos pelos próximos dois anos.

Ainda segundo a agência, o rating se apoiava no ainda forte perfil de liquidez da Multilaser, que apresenta um cronograma de amortização da dívida alongado e robusta posição de caixa, beneficiado pela liberação de capital de giro após a redução das contas a receber e dos estoques.

“A Perspectiva Negativa reflete os desafios da Multilaser para retomar níveis de rentabilidade e geração operacional de caixa compatível com a classificação retirada, dentro de um ambiente macroeconômico ainda em recuperação”, disse em comunicado.

A Multilaser comunicou ao mercado em novembro, o seu balanço financeiro no terceiro trimestre de 2023 (3T23). A gigante brasileira de tecnologia reportou prejuízo líquido de R$212,2 milhões, revertendo o resultado positivo registrado no 2T22 que foi de R$ 43,5 milhões.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) do trimestre foi negativo em R$116,3 milhões, em função da queda na receita aliada à margem bruta negativa no segmento mobile devices, informou a companhia.

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