Captação de recursos

Multiplan capta R$ 500 milhões via CRI com prazo até 2035

Emissão de certificados de recebíveis imobiliários receberá juros semestrais de 98% do CDI e recursos serão destinados a expansão e desenvolvimento de shoppings

Multiplan
Multiplan / Foto: Divulgação

A administradora de shoppings Multiplan (MULT3) captou R$ 500 milhões por meio de sua 494ª emissão de certificados de recebíveis imobiliários (CRIs), em série única, lastreados em debêntures simples não conversíveis em ações.

A colocação foi feita de forma privada e recebeu rating “AAAsf(bra)” da Fitch Ratings.

As debêntures, emitidas em 1º de setembro de 2025, terão prazo de 3.668 dias, com amortização em parcela única em 17 de setembro de 2035, e direito ao pagamento de juros semestrais equivalentes a 98% do CDI ao ano.

Segundo a Multiplan, os recursos obtidos serão destinados ao pagamento de gastos, custos e despesas ainda não incorridos, relacionados à construção, expansão, desenvolvimento, reforma ou aquisição de participação em determinados imóveis e empreendimentos imobiliários.

Multiplan (MULT3) supera expectativas com portfólio resiliente

Em um ambiente macroeconômico ainda pressionado por juros elevados e inflação, a Multiplan (MULT3) apresentou resultados acima do esperado no segundo trimestre de 2025, reforçando a resiliência de seu portfólio e a solidez da gestão operacional.

A avaliação é de casas como Morgan Stanley, Bradesco BBI, Itaú BBA, Suno Research, Genial e BTG Pactual.

Segundo o Morgan Stanley, os números superaram as expectativas, puxados por ativos fortes e consumo aquecido.

As vendas nas mesmas lojas (SSS) subiram 8% na comparação anual, enquanto a receita de aluguel avançou 12%.

Destaques de desempenho incluem o Diamond Mall (+32%), o Shopping Barigui (+28%) e o New York City Center (+26%).

O banco também elogiou o crescimento diversificado: houve alta de 17% na receita de estacionamento, além de geração de R$ 171 milhões com monetização de terrenos, com lucro bruto de R$ 45 milhões.

A inadimplência líquida foi de apenas 0,2%, e a empresa ainda se beneficiou da recuperação de despesas passadas.

Bradesco BBI também viu com bons olhos o desempenho da companhia, apontando alta de 7,3% nas vendas nas mesmas lojas e de 9,5% na receita de aluguéis (SSR).

O lucro líquido ajustado foi de R$ 328 milhões (+12%) e o Ebitda ajustado alcançou R$ 500 milhões, com margem de 74%.