O Maxi Renda (MXRF11), o maior FII (fundo de investimento imobiliário) da bolsa brasileira em número de investidores, anunciou que pretende captar R$ 1 bilhão em uma nova emissão de cotas.
Em comunicado divulgado na última quinta-feira (29), o fundo convocou os cotistas para deliberarem sobre a proposta em uma AGE (Assembleia Geral Extraordinária). A captação dos recursos poderá ser realizada em até 12 meses após a aprovação em assembleia.
A votação segue até o dia 12 de junho, e o resultado deve ser divulgado em até oito dias após o encerramento da consulta formal, conforme informou o Seu Dinheiro.
Apesar de ser um FII consolidado — com mais de 1,2 milhão de investidores e valor de mercado de R$ 4,2 bilhões —, o MXRF11 não está entre os fundos mais promissores para investir no momento. A avaliação é de Caio Araujo, analista de fundos imobiliários da Empiricus Research.
Análise de Caio Araujo sobre MXRF11
Araujo realiza mensalmente uma curadoria dos FIIs com maior potencial para compor a carteira do investidor. Atualmente, no entanto, o MXRF11 não faz parte dessa seleção. Em seu lugar, o analista tem dado preferência a outros fundos imobiliários que, segundo ele, vivem um bom momento de compra e oferecem possibilidade de ganhos em duas frentes: a valorização das cotas na bolsa e o pagamento recorrente de dividendos.
FIIs de energia avançam, com dividendos mensais e isenção tributária
Os FIIs (fundos de investimento imobiliário) com foco em geração de energia, como o SNEL11, vêm ganhando espaço no radar de investidores interessados em infraestrutura energética. A alta eficiência tributária, aliada à distribuição mensal de dividendos, tem tornado esses veículos cada vez mais relevantes no setor elétrico.
Dados do primeiro trimestre de 2025 apontaram um contraste significativo entre a carga tributária enfrentada por empresas como Engie (EGIE3), Eneva (ENEV3), Auren (AURE3) e Eletrobras (ELET3). Por exemplo, a Auren apresentou uma alíquota efetiva de 79%, seguida por Eneva (35%) e Engie (25%). Até mesmo a Eletrobras, privatizada em 2022, destinou 43% da geração ao pagamento de tributos.
No extremo oposto, ativos estruturados dentro do arcabouço dos fundos imobiliários tiveram alíquota efetiva zero — um contraste que se explica pelo desenho do segmento no Brasil. Ao atender certos critérios, como ter cotas negociadas em Bolsa e um número mínimo de 100 cotistas, esses veículos desfrutam de isenção de imposto de renda sobre os dividendos distribuídos a pessoas físicas, conforme apontado pelo Suno.