Afastando-se das bolsas americanas, o Ibovespa encerrou em queda nesta quinta-feira (5), após ter mantido alta em boa parte da sessão devido a um salto nas ações da Petrobras. Entretanto, o índice foi pressionado pelos papéis em baixa no setor de mineração e siderurgia, além da tensão instaurada no mercado com os planos do governo de parcelar o pagamento de precatórios.
Em relação a Petrobras, após divulgar um lucro líquido referente ao segundo trimestre de R$ 42,85 bilhões na noite de ontem, as ações da ordinárias da petroquímica (PETR4) dispararam mais de 8% na abertura do pregão, apesar de terem fechado no negativo. O resultado veio acima da expectativa de analistas compilada pela Refinitiv, que apontava lucro de R$ 30,7 bilhões.
Em encontro virtual com analistas para detalhar os dados do 2T21, a direção da Petrobras reafirmou a política de acompanhamento das cotações internacionais do petróleo e não descartou a possibilidade de distribuir mais do que os R$ 31,6 bilhões em dividendos já anunciados.
Na contramão, a bolsa sofreu com o recuo de quase 5% dos futuros do minério de ferro na China, e empresas como Vale e CSN caíram forte. Os papéis da mineradora desvalorizaram-se 3,06% e os da siderúrgica tiveram redução de 3,96%.
Já na política, o cenário de riscos fiscais ainda incomoda os investidores, principalmente com a tensão entre o presidente Jair Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal (STF). O clima de inimizade foi aguçado depois que o ministro Alexandre de Moraes adicionou o chefe do Executivo no inquérito das fake news.
Vale ressaltar que a decisão na véspera do Comitê de Política Monetária (Copom), que elevou a Selic em 1%, para 5,25% ao ano, continua repercutindo no mercado.
Nos Estados Unidos, os dados de auxílio-desemprego voltaram a cair na última semana, impulsionando as os principais índices acionários do país. As solicitações ficaram em 385 mil na semana passada, seguindo a projeção dos 384 mil pedidos esperados pelos economistas consultados pela Refinitiv.
Com isso, o Dow Jones subiu 0,78%, a 35.064 pontos, o S&P 500 avançou 0,6%, a 4.429 pontos, e o Nasdaq teve alta de 0,78%, a 14.895 pontos.
Bolsa
O Ibovespa teve leve variação negativa de 0,14%, a 121.632 pontos com volume financeiro negociado de R$ 37,962 bilhões.
Dólar
O dólar comercial subiu 0,57% a R$ 5,215 na compra e a R$ 5,216 na venda.
Índice pela tarde
Às 16h25 (horário de Brasília), o principal benchmark da bolsa registrava baixa de 0,13%, a 121.558 pontos. O dólar comercial mantinha alta de 0,23% a R$ 5,20.
Às 14h40 (horário de Brasília), o índice virou para a queda de 0,086%, a 121.696 pontos. O dólar comercial começou a subir 0,28% a R$ 5,20.
Ibovespa ao meio-dia
Notícias Relacionadas
Às 11h54 (horário de Brasília), o Ibovespa tinha alta de 1,15%, a 123.204 pontos. O dólar comercial operava em queda de 0,91% a R$ 5,14.
Como foi a abertura do Ibovespa?
Às 10h17 (horário de Brasília), o Ibovespa tinha alta de 1,36%, a 123.455 pontos. O dólar comercial operava em queda de 0,97% a R$ 5,13.
Nesta quinta-feira (5), o Ibovespa opera em alta em um movimento mais forte do registrado pelos principais índices das bolsas mundiais, segundo o InfoMoney. Investidores ficam atentos aos resultados Banco do Brasil e Braskem, além da estreia da Raízen na B3.
Pré abertura da Bolsa
Seguindo as bolsas norte-americanas e puxado pela queda de 3% dos papéis do Bradesco (BBDC4) e da Petrobras (PETR3), o Ibovespa encerrou em queda na quinta-feira (4). O recuo das bolsas estadunidenses veio após uma baixa inesperada no número de criação de vagas de emprego no setor privado do país.
Ainda por aqui, a Petrobras divulgou seu balanço após o pregão da véspera, em que anunciou um alto pagamento de dividendos. No pré-market da Bolsa de Nova York, os ADRs (recibo de ações) PBR (equivalente aos ordinários) da estatal avançaram 10,47% às 7h40 (horário de Brasília).
Na manhã desta quinta-feira (5) os índices futuros norte-americanos operam em alta, à medida que investidores aguardam a divulgação de indicadores econômicos no país e de empresas globalmente.
Na véspera, o Dow Jones subiu 0,9%; o Nasdaq teve alta de 0,1%; e o S&P caiu 0,5%.
Até o momento, os balanços divulgados por empresas apresentaram resultados fortes, mas alguns analistas acreditam que esse ritmo irá desacelerar a partir desta quinta-feira.
As bolsas europeias também operam em alta na sessão. O índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 economias europeias, sobe 0,3%, com destaque positivo para os papéis do setor de tecnologia.
O índice do Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) apontou que em julho houve a maior expansão do negócio na zona do euro em 15 anos.
Na região, investidores aguardam a decisão sobre a política monetária do Banco da Inglaterra.
As bolsas da Ásia tiveram desempenhos variados nesta quinta-feira. Um veículo controlado pelo Diário do Povo, jornal oficial do Partido Comunista da China, o Securities Times publicou um artigo que afirma que o setor de games deveria estar “mentalmente preparado” para parar de receber medidas preferenciais de impostos, que foram estabelecidas para impulsionar o setor doméstico de softwares.
Além disso, a China vem sofrente com o avanço de infecções por Covid-19, por conta da variante Delta. Segundo o Infomoney, a agência de notícias Yonhap News informou que medidas mais duras de restrições devem ser implementadas.
Confira os principais índices 7h18:
ÁSIA
Nikkei 225 [+0,52%]
S&P/A SX [+0,11%]
Hang Seng [-0,84%]
Shanghai [-0,31%]
EUROPA
DAX [+0,01%]
FTSE 100 [-0,16%]
CAC 40 [+0,39%]
SMI [+0,23%]
ÍNDICES FUTUROS EUA
US 30 [+0,15%]
US 500 [+0,20%]
US Tech 100 [+0,23%]
S&P 500 VIX [+0,05%]
COMMODITIES
Ouro [-0,01%] US$ 1.814,25
Prata [-0,03%] US$ 25,453
Cobre [-0,24%] US$ 4,3223
Petróleo WTI [+0,54%] US$ 68,52
Petróleo Brent [+0,37] US$ 70,64
