Baixas do Ibovespa

Natura &Co (NTCO3) desaba mais de 8% após prejuízo e RJ da Avon

A companhia de cosméticos apresentou um prejuízo líquido de R$ 858,9 milhões no segundo trimestre de 2024

Foto: Divulgação / Natura
Foto: Divulgação / Natura

As ações da Natura &Co (NTCO3) lideram as quedas na sessão Ibovespa desta terça-feira (13), caindo 8,91%, a R$ 14,92, próximo ao fim do pregão. As principais razões para tal foi o pedido de recuperação judicial da Avon, subsidiária da companhia, nos EUA, bem como o prejuízo reportado no 2TRI24. 

Entre os resultados operacionais, a Natura apresentou um prejuízo líquido de R$ 858,9 milhões no segundo trimestre de 2024, alta de 17,3% sobre o resultado trimestral anterior.

O Chapter 11, pedido de proteção aos credores, foi solicitado pela Avon Products entrou com na Justiça de Delaware, EUA, na segunda-feira (12), de acordo com o “Valor”.

A pretensão da Natura &Co é fazer uma oferta por ativos da marca, no valor de US$ 125 milhões, no processo de recuperação judicial. 

Analistas viram os resultados da companhia do setor de cosméticos de forma positiva, mesmo com o prejuízo.

Para o BTG Pactual (BPAC11), as tendências operacionais da companhia estão apontando para cima, mas a recuperação judicial da Avon Products indica que a reestruturação da empresa ainda está longe de acabar.

Já o Goldman Sachs, chama atenção para o avanço da companhia na América Latina, com crescimento robusto da marca no Brasil, porém a Avon Internacional ainda apresenta um desempenho fraco. 

Parceiros

“Embora reconheçamos que o consumo de caixa melhorou em comparação com o ano passado, a Natura continuou a reportar um fluxo de caixa negativo de R$ 675 milhões neste trimestre”, escrevem os analistas Irma Sgarz e Felipe Rached, segundo o veículo de notícias.

Natura &CO (NTCO3): Subsidiária da Avon pede recuperação judicial nos EUA

Avon Products Inc. (API), subsidiária não operacional da Natura e holding da marca de beleza nos EUA entrou com um pedido de Chapter 11 no país norte-americano – similar à recuperação judicial no Brasil.

A Natura &Co (NTCO3) é a maior credora da empresa e vai emprestar US$ 43 milhões na modalidade DIP para garantir a continuidade dessa holding durante o processo.

Além disso, a empresa brasileira de cosméticos ainda vai fazer uma oferta de US$ 125 milhões para seguir com as operações da holding americana fora dos EUA, por meio de um processo de leilão supervisionado pela corte judicial.

Com o processo de chapter 11, a empresa coloca ativos à disposição para venda nesse leilão. Assim, a Natura fará lances para continuar com as operações na Ásia, Europa e África. Para essa oferta, a Natura &Co pretende usar alguns de seus créditos existentes contra a API como contraprestação.

A empresa não divulgou o total das dívidas da subsidiária, nem o quanto tem em créditos com a empresa.