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Natura &Co (NTCO3) reverte prejuízo e lucra R$ 7,02 bi no 3T23

O desempenho foi impulsionado pelo ganho de capital proveniente da venda da Aesop

A Natura &CO (NTCO3) apresentou ao mercado, na noite de segunda-feira (13), os dados reportados no balanço do terceiro trimestre de 2023 (3T23). A companhia apresentou um lucro líquido consolidado de R$ 7,024 bilhões, revertendo prejuízo de R$ 559,8 milhões apurado no mesmo intervalo de 2022. 

De acordo com a Natura, o desempenho foi impulsionado pelo ganho de capital proveniente da venda da Aesop, transação que foi concluída no trimestre.

Desconsiderando o impacto da venda da Aesop e outros eventos não recorrentes, o lucro líquido ajustado foi de R$ 745 milhões, comparado ao prejuízo de R$ 198 milhões no terceiro trimestre de 2022. Esse desempenho foi impulsionado por resultados financeiros líquidos ajustados menores e uma melhoria na dinâmica dos impostos de renda e contribuição social.

O Ebitda ajustado, representando o lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização, totalizou R$ 751,4 milhões no período de julho a setembro, registrando um aumento de 10% em comparação ao mesmo intervalo do ano anterior. A empresa também divulgou o Ebitda reportado, que atingiu R$ 490,5 milhões, refletindo uma queda de 5,8% em relação ao resultado apurado no ano anterior.

A receita líquida apresentou uma redução de 10,5% na comparação anual, alcançando R$ 7,517 bilhões. O comunicado de resultados da empresa destaca que o crescimento na Natura América Latina (+18,6% em moeda constante – CC) e a estabilidade na Avon International (-2,3% em CC) foram contrabalançados por um trimestre desafiador na The Body Shop (-13,2% em CC) e pela esperada diminuição nas operações da Avon na América Latina.

Outros dados de Natura

A Natura fornece detalhes de que o segmento Casa e Estilo registrou uma queda de 38,7% em moeda constante (CC), reflexo da otimização contínua do portfólio. Simultaneamente, a categoria de Beleza apresentou uma redução de 11,6%, decorrente da implementação da Onda 2, já em andamento no Peru, na Colômbia e agora no Brasil, além da fase de preparação em outros países.

A margem bruta consolidada atingiu 65,3% no período de julho a setembro, representando um aumento de 310 pontos-base em comparação ao mesmo período do ano anterior. Além disso, manteve-se estável em relação ao segundo trimestre do ano.

“O desempenho da Natura &Co no terceiro trimestre manteve a tendência dos dois primeiros trimestres do ano, mostrando uma forte expansão da margem bruta e Ebitda em relação ao ano anterior, embora observado uma pequena desaceleração das receitas causada principalmente pela implementação da Onda 2 na América Latina e pela contínua tendência de queda nas vendas da The Body Shop”, destaca o CEO, Fábio Barbosa.

As despesas financeiras líquidas foram de R$ 1,065 bilhão no terceiro trimestre, comparadas a despesas de R$ 550 milhões reportadas no mesmo período do ano anterior.

Ao final do trimestre, a empresa registrou uma posição de Caixa Líquido (excluindo leasing) de R$ 700 milhões, em comparação com uma dívida líquida de R$ 10,0 bilhões no segundo trimestre.

“Conforme comunicado anteriormente, Natura &Co vendeu a Aesop por um Enterprise Value de US$ 2,6 bilhões. O fechamento ocorreu no dia 30 de agosto e os recursos permitiram que a empresa retornasse a uma posição de caixa líquido”, explica a Natura.