O Goldman Sachs optou por elevar o preço-alvo das ações da Natura (NTCO3) de R$18 para R$19, mantendo uma recomendação neutra. A decisão veio após a análise dos resultados trimestrais e a atualização do modelo de avaliação.
Segundo o relatório enviado aos clientes e ao mercado, as operações da empresa no Brasil estão apresentando uma tendência positiva, com a normalização dos prazos de entrega das marcas Natura e Avon, o que contribuiu para um aumento nas vendas no início deste ano, refletindo uma demanda mais consistente.
Enquanto isso, a América Latina hispânica enfrenta desafios macroeconômicos e microeconômicos no curto prazo, ao passo que as tendências em Avon International permanecem consistentes.
A empresa continua a lidar com perturbações no modelo comercial do México, além de potenciais impactos que uma deterioração no ambiente de consumo pode ter na Argentina, que representa cerca de 20% das vendas da América Latina em 2023.
Analistas avaliam
No entanto, “questões operacionais na Colômbia relacionadas com a implementação da Onda 2 foram ajustadas em grande medida, e o feedback inicial da sua implementação no Chile apontou para uma execução relativamente tranquila, com quaisquer interrupções no canal resolvidas rapidamente”, completam os analistas Irma Sgarz, Felipe Rached e Gustavo Fratini.
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Os analistas do Goldman Sachs observam que a administração decidiu adiar temporariamente a integração logística, pois estão cautelosos em interferir no canal antes de entender completamente a melhor estratégia.
Às 14h50 (horário de Brasília), as ações da Natura subiam 1,82%, a R$17,92.
Natura (NTCO3) triplica prejuízo no 4º trimeste de 2023
A Natura (NTCO3) registrou um prejuízo líquido de R$ 2,662 bilhões no quarto trimestre de 2023, triplicando a perda de R$ 890,4 milhões no mesmo período de 2022, conforme revelado em suas demonstrações financeiras enviadas à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta terça-feira (12). A perda é 199% maior que a registrada no mesmo intervalo de 2022.
A receita líquida da Natura (NTCO3) apresentou uma queda de 17,4% entre os dois períodos, passando de R$ 8,005 bilhões no quarto trimestre de 2022 para R$ 6,613 bilhões no mesmo período de 2023.
O Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou negativo em R$ 55,7 milhões no último trimestre de 2023, em comparação com um Ebitda positivo de R$ 65,3 milhões no mesmo período do ano anterior.
