A Natura (NTCO3) negou que iria se desfazer da TBS (The Body Shop), em uma teleconferência realizada nesta terça-feira (4), após anunciar a venda da Aesop para a L’oreal por US$ 2,525 bilhões. A empresa explicou na conferência o foco a partir de agora e que não faz parte dos planos se desfazer da TBS.
Segundo Guilherme Castellan, CFO da Natura, o foco na TBS é rejuvenescer a marca e melhorar posicionamento dentro de países como Austrália, Canadá e Reino Unido, que são os principais mercados da marca. “Nada pensando em termos de venda de pontos ativos ou marcas. Nada na mesa quanto a isso”, falou Castellan sobre a TBS.
O CEO da Natura comentou que a venda da Aesop para a L’oreal vai “melhorar a estrutura de capital da Natura e a desalavancagem de nosso balanço, e destravar o valor para nossos acionistas”, contou. Além disso, o foco será na redução da dívida bruta após a finalização da transação (com a L’Oreal). A principal prioridade será no custo e no fluxo de caixa livre, que foi deficitário ano passado”, finalizou Castellan.
Natura (NTCO3) vende Aesop para L’Oréal por US$ 2,52 bi
A Natura (NTCO3) publicou um fato relevante nesta segunda-feira (3) informando que assinou um acordo vinculante com a L’Oréal para a venda da Aesop. O enterprise value (valor da empresa) da transação é de US$ 2,52 bilhões.
O preço será pago no fechamento da transação, esperado para o terceiro trimestre de 2023 e sujeito a aprovações regulatórias usuais.
De acordo com a Natura, a transação irá suportar a desalavancagem financeira da companhia e posicioná-la para focar em suas prioridades estratégicas, especialmente na integração na América Latina, assim como na otimização geográfica da Avon Internacional e melhora continua da The Body Shop, com rígida disciplina financeira.
No ano passado, já havia sido noticiado que a Natura buscava se desfazer de uma parte da Aesop. Para isso, foram contratados o Bank of America e o Morgan Stanley.
Na época, a companhia reforçou que vinha promovendo um redesenho da estrutura organizacional para se mais leve e eficiente, bem como para dar mais autonomia às unidades de negócio, em busca de “reagir a desafios externos” e melhorias em geração de caixa e rentabilidade.
Em documento enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) na época, a companhia avaliava também uma venda de participação minoritária na Aesop — o que abriu espaço para L’Oreal, LVMH e Shiseido na corrida para levar uma fatia do negócio.
A Natura realizará uma teleconferência para acionistas, analistas, investidores e o mercado em geral para falar sobre a transação. Detalhes da teleconferência serão divulgados em breve.