Natura (NTCO3) tem prejuízo de R$ 731,9 mi no 2T23; alta de 4,6%

A varejista de cosméticos destacou que o aumento no Ebitda ajustado foi parcialmente compensado por maiores perdas com operações descontinuadas

A Natura&Co (NTCO3) comunicou ao mercado na noite desta segunda-feira (14), os resultados do segundo trimestre de 2023 (2T23). A companhia repotou um prejuízo líquido atribuível a acionistas de  R$ 731,9 milhões.

Nesse sentido, o resultado da Natura&Co representa um leve acréscimo de 4,6% em relação aos números apresentados no segundo trimestre do ano passado, quando a varejista registrou perdas na ordem de R$ 766,8 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Natura apresenou um salto de 25,8%, a R$ 753,1 milhões, com melhora de 230 pontos-base na margem, a 9,7%.

De acordo com a varejista de cosméticas, o crescimento na linha pode ser explicado por um série de fatores, entre eles, a forte expansão da margem de Natura&Co Latam (+250 pontos-base ano a ano), impulsionada principalmente pela maior margem bruta, mas parcialmente compensada pelos investimentos.

Outro fator importante, que favoreceu os resultados da companhia, foi a melhora na rentabilidade da The Body Shop, impulsionada pela ligeira expansão da margem bruta e por eficiências de SG&A (excluindo depreciação).

Por fim, outro ponto citado pela Natura, foi a melhoria de 110 pontos-base na margem de Avon International em relação ao segundo trimestre do ano passado, também impulsionada pela expansão da margem bruta, mas parcialmente compensada pelo investimento em mercados líderes e faseamento das despesas.

Nessa linha, a Natura destacou que o aumento no Ebitda ajustado foi parcialmente compensado por maiores perdas com operações descontinuadas, impactadas principalmente por uma margem menor na Aesop.

Outros dados da Natura

A receita líquida consolidada da Natura registrou uma redução de 4,1% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 7,77 bilhões em reais. No entanto, quando considerados valores em moeda constante, o resultado apresentou um crescimento de 1,9%, impulsionado pelas operações da Natura&Co Latam.

As atividades da The Body Shop tiveram um impacto negativo na receita líquida do grupo. As vendas combinadas nos principais canais de distribuição, incluindo lojas físicas, comércio eletrônico e franquias, experimentaram uma queda média de um dígito em termos de moeda constante. Além disso, o canal de vendas The Body Shop at Home continuou enfrentando uma queda acentuada, conforme relatado pela empresa.

Em relação às vendas no varejo da The Body Shop, através dos principais canais de distribuição da Natura&Co, um indicador conhecido como SSS (Same Store Sales), foi observado um declínio negativo de 3,5%.

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