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Negociações do Ibovespa atingem pior patamar desde setembro de 2019

O volume negociado foi de R$ 7,4 bilhões, puxado Memorial Day nos EUA, feriado em que se homenageia os veteranos de guerra

Ibovespa
Foto: unsplash

As negociações em operações do Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, atingiram, nesta segunda-feira (27), o menor patamar desde setembro de 2019.

O volume negociado foi de R$ 7,4 bilhões, puxado Memorial Day nos EUA, feriado em que se homenageia os veteranos de guerra. Em setembro de 2019, a marca foi de R$ 7 bilhões. Para se ter ideia, a média diária de giro financeiro em maio é de R$ 17 bilhões.

Este tipo de pregão evidencia a importância dos investidores estrangeiros por aqui. Só este ano, a categoria já sacou mais de R$ 30 bilhões da bolsa brasileira.

A quantia equivale a cerca de 70% de tudo que eles investiram no ano passado. O fluxo de saída ajuda a explicar a alta o dólar e queda da bolsa no período.

O Ibovespa fechou a sessão desta segunda-feira (27) com alta de 0,15%, aos 124.495,68 pontos. O dólar comercial subiu 0,08%, a R$ 5,17.

Especialista ressalta influências negativas e positivas nas negociações do Ibovespa

Christian Iarussi, especialista em mercado de capitais e sócio da The Hill Capital, ressaltou pontos positivos e negativos que influenciaram as negociações.

Segundo ele, um dos principais foi o petróleo, visto que o Brent fechou com alta de 1,20%, a US$ 83,12, o que impulsionou a Petrobras (PETR3;PETR4), que também fechou em alta.

“Tivemos também fala do Roberto Campos Neto, que trouxe um tom mais otimista no discurso. Com isso, vimos os juros cedendo um pouquinho mais forte hoje também”, disse.

Na liderança dos ganhos, a Raizen (RAIZ4) carrega uma perspectiva otimista no mercado, devido às novas instalações para estimular a produção de etanol.

“Foi um investimento de 1.2 bi, em que eles acabaram elevando a capacidade de produção de etanol. Um ponto interessante é que 80% dessa produção já está contrado”, avaliou Iarussi.

Na linha negativa, a Azul (AZUL4) e a Gol (GOLL4) tomaram a ponta, o que, de acordo com o Iarussi ocorre mais por uma realização dos lucros, no caso da Gol, pois na sexta-feira o papel encerrou com valorização de 12%. O plano financeiro de 5 anos da aérea també, impactou.

“Também outro ponto é que o Cade está avaliando o acordo entre as companhias justamente para ver se não tem nenhum problema de concorrência. Então, isso acabou impulsionando a realização do papel”, acrescentou o analista.