Uma avaliação do BTG Pactual (BPAC11) apontou que as ações da Neoenergia (NEOE3) podem valorizar 80,3% até o fim de 2025, com relação ao fechamento de segunda-feira (17), após a demonstração de um balanço sólido em 2024. O banco recomendou a compra a ação e espera que a cotação encerre este ano a R$ 36,00.
A Neoenergia reportou um lucro líquido de R$ 852 milhões no quarto trimestre de 2024, queda de 12% em relação ao mesmo período de 2023. No acumulado de 2024, a empresa lucrou R$ 3,635 bilhões, redução de 19% em comparação com igual intervalo de 2023.
Apesar da queda, o BTG entendeu que os números foram fortes, com o Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – em R$ 2,84 bilhões, superando a previsão de R$ 2,53 bilhões feita pelo banco.
Além disso, o relatório dos especialistas também mencionou que o lucro líquido de R$ 852 milhões foi 68% acima das expectativas, que eram de um lucro de R$ 506 milhões.
Os fatores que surpreenderam a equipe do BTG dentro dos resultados da Neoenergia foram a Coelba (companhia de energia da Bahia) e, em menor extensão, a Celpe (Pernambuco) e a Cosern (Rio Grande do Norte).
Em paralelo a isso, os analistas se atentaram à geração convencional de energia, outro ponto positivo levantado por eles.
Em linhas gerais, a equipe do BTG diz que a ação está atrativa, mas que os dividendos da Neoenergia podem não ser tão interessantes, segundo o “E-Investidor”.
Neoenergia (NEOE3) tem lucro líquido reduzido em 12% no 4T24
A Neoenergia (NEOE3) reportou um lucro líquido de R$ 852 milhões no quarto trimestre de 2024. O valor representa uma queda de 12% em relação ao quarto trimestre de 2023 e amargou saldo menor nos lucros: R$1,387 bilhão, redução de 5% na mesma base anual de comparação.
Ao final de 2024, a empresa tinha lucro acumulado de R43,635 bilhões, uma redução de 19% em comparação ao intervalo de 2023. Como apurou o portal Invest, a empresa aumentou sua dívida interna pela execução de projetos de rede e 87% do endividamento é de resolução a longo prazo.
A alavancagem da empresa, medida pela razão entre a dívida líquida e o Ebitda ajustado, incrementou em quase 0,3 vezes na comparação anual. Investidores tiveram que realizar aportes para garantir o equilíbrio da empresa e isso culminou num montante de R$3,042 bilhões, um aumento de 26% em relação ao mesmo intervalo de 2023.