Mercado

Nestlé: após comprar Kopenhagen, empresa terá mais de 1/3 do setor

Com a aquisição da concorrente, que era a quinta maior do setor, a gigante suiça terá 35,2% do mercado

Com a transação que resultou na compra da Kopenhagen, a Nestlé se consolida na liderança do mercado de vendas de chocolate no Brasil. Após a aquisição da concorrente, que era a quinta maior do setor, a gigante suiça terá mais de 1/3 do mercado.

Segundo dados da consultoria Euromonitor publicados pela coluna Capital, do jornal “O Globo”, a Nestlé tem hoje 30,6% do mercado brasileiro em valor de vendas, enquanto o Grupo CRM (Kopenhagen e Brasil Cacau) responde por 4,6% do total. As duas juntas terão, portanto, 35,2% de participação, contra 26,6% da Mondelez (Lacta, Toblerone etc.), que ocupa a vice-liderança.

Depois aparecem a Cacau Show, com fatia de 14,3%, e as marcas da Ferrero (Ferrero Rocher, Kinder Ovo etc.), que detêm 6,7% do varejo brasileiro de chocolates. A Cacau Show tentou comprar a Kopenhagen, mas foi batida pela Nestlé.

A compra da Kopenhagen pela gigante suíça — por valor não revelado, mas estimado em pelo menos R$ 4 bilhões — ainda precisa ser aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para se concretizar.

Cade aprova compra da Garoto após 21 anos

Em junho, após 21 anos de impasse, o Cade aprovou a conclusão da aquisição da Chocolates Garoto pela Nestlé. O acordo, porém, está condicionado a uma série de condições, nomeadas de “remédios comportamentais” para preservar a concorrência no mercado nacional de chocolates.

O Cade explicou que esse termo “remédios comportamentais” corresponde às medidas relacionadas à atividade interna da empresa, como, por exemplo, obrigações a fazer e não fazer. Ou seja, algumas condicionantes pela aprovação da aquisição da Garoto pela Nestlé.

Ficou determinado que a Nestlé não poderá adquirir, pelo período de cinco anos, ativos que representem, acumuladamente, participação igual ou superior a 5% do mercado. O compromisso não se aplica a aquisições internacionais.

Outra cláusula prevista no acordo obriga a Nestlé a comunicar ao Cade, por um prazo de sete anos, qualquer aquisição de ativos que caracterize ato de concentração no mercado nacional de chocolates, abaixo do patamar de 5%.

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