Netflix (NFLX34) reduz preço de assinaturas em diversos países, mas Brasil está de fora

Custo de determinados planos caiu pela metade em lugares como Irã, Indonésia, Venezuela e Equador

A empresa de streaming Netflix (NFLX34) anunciou que irá reduzir o preço de diversos planos da assinatura em pelo menos 30 países, segundo o jornal “The Wall Street Journal”. A companhia confirmou a redução, mas não apontou quais países vão receber os cortes nos preços. Ao todo, a Netflix opera em 190 territórios pelo mundo.

De acordo com o jornal, lugares como Líbia, Irã, Quênia, Croácia, Eslovênia, Bulgária, Indonésia, Tailândia e Filipinas estão entre os países escolhidos pela Netflix. Na América Latina, as regiões a redução dos planos irá beneficiar Nicarágua, Equador e Venezuela.

O Brasil, como informou o “Estadão”, ficou de fora da mudança e as assinaturas continuam a partir de R$ 18,90 no plano mais básico, que inclui anúncios e resolução de imagem de 720 pixels. Uma das novidades apresentadas no ano passado para conter debandada de assinantes em meio à alta de preços.

Segundo o “Wall Street Journal”, alguns planos da empresa nesses países chegaram a cair pela metade, movimento apontado como na contramão do mercado. Nos últimos meses, executivos da Netflix e de outros serviços de streaming afirmaram que a tendência do mercado é que os preços subam, e não que caiam.

“Isso definitivamente vai contra as tendências não só da Netflix, mas contra toda a indústria de streaming […] Alguns desses cortes são substanciais”, declarou o analista de mídia e entretenimento John Hodulik, da UBS Group AG, segundo o “Estadão”.

Mudanças na Netflix pós-pandemia

Em 2022, a Netflix enfrentou o reajuste do mercado após saltos de crescimento durante a pandemia de Covid-19 e com a guerra entre Ucrânia e Rússia. Como resultado, a empresa teve seu pior desempenho em 11 anos, fechando o ano com 8 milhões de novos assinantes.

A companhia também demitiu 450 pessoas em todo o mundo, principalmente nos EUA e na Europa. Segundo apurou o “Estadão” à época, foram 17 cortes na América Latina, incluindo o Brasil.

Outra medida para aumentar receita foi o lançamento da cobrança por compartilhamento de senha, ainda em testes em alguns países da América Latina. Com a funcionalidade, de acordo com o jornal, a Netflix passa a cobrar uma taxa extra de perfis compartilhados em diferentes lares. O recurso não tem data de lançamento planejada, mas deve chegar à América do Norte, principal mercado, em breve.

Em janeiro passado, Reed Hastings, cofundador e copresidente executivo da empresa, deixou o cargo após 25 anos na Netflix. Ele foi substituído por Greg Peters, que atua junto de Ted Sarandos.