Elliott Hill

Nike demite CEO e traz de volta executivo aposentado

A notícia, que saiu pós-fechamento, fez o papel disparar 10% no after hours

Nike
Foto: Unsplash

A Nike decidiu demitir John Donahue do cargo de CEO e trazer de volta um executivo aposentado já conhecido da casa: Elliott Hill.

Hill deixará a aposentadoria e assumirá como novo CEO da empresa em 14 de outubro. A notícia, que saiu após o fechamento do mercado, fez o papel disparar 10% no after hours.

As ações da Nike encerraram o dia acumulando uma perda de 24% no ano – num momento em que os mercados americanos batem recordes históricos de valorização. 

Boa parte do tombo ocorreu em junho, depois de a empresa apresentar perspectivas abaixo do esperado. A estratégia do agora ex-CEO John Donahue vinha sendo apontada como a culpada pelo mau desempenho da marca.

Hill, que foi presidente da divisão de consumo e mercado, havia se aposentado em 2020. Trabalhou na Nike desde o final dos anos 80, quando entrou como estagiário.

Donahue, por sua vez, irá se aposentar em 13 de outubro e permanecerá como conselheiro da Nike até 31 de janeiro de 2025.

Nike perde US$ 28,43 bi em valor de mercado após resultados

As ações da Nike tombaram 20% nesta sexta-feira (28), o que fez com que a empresa perdesse US$ 28,43 bilhões em valor de mercado, indo a US$ 113,74 bilhões.

A queda foi motivada pela divulgação das vendas, que vieram abaixo do esperado, e da diminuição das projeções para o próximo ano fiscal.

Os papéis da varejista caíram para o menor patamar desde o começo de 2020. O volume negociado nesta sexta-feira (28) chegou a US$ 123,3 milhões, cerca de 13 vezes a média de US$ 9,2 milhões movimentada nos últimos três meses.

Balanço do 4TRI fiscal foi desanimador

A Nike reportou um lucro de US$ 1,5 bilhão, alta anual de 45,6%, mas receitas de US$ 12,61 bilhões, queda de 1,6%.

O faturamento ficou abaixo das expectativas do mercado, que estimavam US$ 12,86 bilhões em receitas para o período, segundo analistas escutados pela consultoria FactSet.

A empresa indicou que não espera um crescimento na receita para o ano fiscal de 2025 e que para o próximo trimestre, o faturamento deve cair cerca de 10%.

A projeção de analistas era de alta de 1,4% nas receitas do próximo ano, para US$ 52,11 bilhões.

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile