Commodities em alta

Nota da Moody's anima mercado e Ibovespa fecha em alta; dólar sobe

O Ibovespa fechou a sessão desta quarta-feira (2) com alta de 0,77%, aos 133.514,94 pontos; o dólar subiu, a R$ 5,44.

Ibovespa
Ibovespa / Foto: Canva

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta quarta-feira (2) com alta de 0,77%, aos 133.514,94 pontos. O dólar comercial subiu 0,36%, a R$ 5,44.

O otimismo do mercado com a Bolsa brasileira se reestabeleceu após a agência de classificação de risco, Moody’s, ter elevado a nota de crédito do Brasil de Ba2 para Ba1, na terça-feira (1º). A partir da avaliação, o País se aproximou do grau de investimento.

O Gráfico DXY, índice do dólar nos EUA, também subiu 0,42%, a US$ 101,62.

“Quando concedido o grau de investimento, que o país teve entre 2008 e 2015, o Brasil voltará no grupo dos mercados mais ‘investíveis’, o que aumenta o volume negociado e impulsiona o mercado como um todo, tanto de renda variável quanto de renda fixa”, explicou Felipe Castro, planejador financeiro e sócio da Matriz Capital.

Além desse fator principal, o índice também segue refletindo os intensos conflitos que ocorrem no Oriente Médio, após ataques do Irã à Israel, e de promessa de resposta desse último, que também está em conflito com o movimento Hezbollah, no Líbano, e também na Faixa de Gaza.

O ambiente tem refletido nos preços internacionais do petróleo, que seguem em alta deste a sessão da véspera, e impulsionam as ações das petrolíferas, sobretudo a Petrobras (PETR4).

Essa euforia levou o Ibovespa de volta ao patamar dos 133 mil pontos, com ações de varejo e construtoras liderando os ganhos. Enquanto isso, a linha de maiores quedas foi encabeçada por diferentes setores, refletindo o radar corporativo.

“MRV (MRVE3) subiu em continuidade da alta na sessão anterior, ainda em função da repercussão da venda de empreendimento de sua subsidiária nos EUA, que trouxe lucro superior a R$ 50 milhões”, disse Castro.

“Vamos (VAMO3) cai com o mercado ainda tentando entender a cisão de seu braço de concessionárias. A Brava Energia (BRAV3), por sua vez, sofre na sessão de hoje após revisão para baixo do preço-alvo emitida pelo Citi”, analisou Castro.

A Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 7,25%. Logo atrás, Azul (AZUL4) e Cyrela (CYRE3) registraram altas de 4,87% e 4,51%, respectivamente.

Já na ponta negativa, Vamos (VAMO3) liderou as perdas, caindo 6,66%. Em seguida, vieram  Brava Energia (BRAV3) e Carrefour (CRFB3), com perdas de 2,28% e 1,95%.

Altas e Baixas do Ibovespa: bancos e mineradoras avançam

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) avançaram 1,17% e 1,38%, respectivamente. Prio (PRIO3) desvalorizou 0,32%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) subiu 0,55%. Gerdau (GGBR4) registrou alta de 1,25%. Usiminas (USIM5) valorizou 1,12%.

No setor bancário, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) operaram com altas de 0,65% e 0,26%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) seguiram com valorização 3,59% e 1,89%, em sequência.

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) subiu 1,34%. As ações das Lojas Americanas (AMER3) recuaram 2,19%. Casas Bahia (BHIA3) desvalorizou 1,52%.

Índices do exterior fecharam em alta

Os principais índices europeus tiveram desempenhos mistos nesta quarta-feira (2). O índice DAX, de Frankfurt, desvalorizou 0,18%, enquanto o CAC 40, de Paris, avançou 0,05%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,02%. 

Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 0,01% e 0,08%, respectivamente. Já o Dow Jones avançou 0,09%.