A Petrobras (PETR3;PETR4) deve anunciar “em breve” um novo reajuste de preços nos combustíveis vendidos às distribuidoras nas refinarias, segundo o portal “Valor Econômico”. A companhia não altera os preços do diesel nas refinarias desde o dia 10 de maio. Já a gasolina foi reajustada pela última vez em 11 de março.
Cálculos da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom) com base nas cotações da manhã desta quarta-feira mostravam que o diesel vendido pela Petrobras estava em média 18% abaixo da paridade internacional, com a necessidade de um aumento médio de R$ 1,08 por litro. No caso da gasolina, a estimativa é de uma defasagem de 14% e necessidade de um reajuste médio de R$ 0,67 por litro.
Especialistas alertam para o risco de desabastecimento de combustíveis, dado que o baixo preço da estatal dificulta com que outras empresas importem os produtos. A importação é responsável por atender cerca de 30% do mercado nacional.
Ao longo da semana, fontes consultadas pelo “Valor Econômico” têm apontado que a companhia estaria preparada para realizar um novo aumento nos preços, mas que optou por segurá-lo, a pedido da União.
O governo federal aguardava a aprovação de um projeto de lei que vai limitar em até 17% a alíquota de ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, serviços de telecomunicações e transporte público. Nesta quarta-feira, o plenário da Câmara aprovou o projeto por 307 votos favoráveis contra 1 contrário.
A expectativa do governo é que a medida ajude a reduzir os preços dos combustíveis nas bombas.
Na terça-feira (14), a Petrobras publicou uma nota em que reafirma o compromisso com a prática de valores competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais.