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Nubank:  BC aprova mudança que deve reduzir requerimentos de capital

O banco digital afirmou que antecipa uma diminuição nos requisitos de capital para risco operacional no Nu Brasil com a transição para a metodologia ASA

O Nubank (ROXO34) comunicou que o Banco Central aprovou a solicitação da Nu Pagamentos para adotar a Abordagem Padronizada Alternativa, conhecida como Alternative Standardized Approach (ASA), em substituição à Abordagem do Indicador Básico. Essa mudança tem como objetivo reduzir os requisitos de capital para risco operacional do banco.

“A partir de hoje, a metodologia ASA substituirá a Abordagem do Indicador Básico (em inglês Basic Indicator Approach, ou “BIA”) no cálculo da parcela dos ativos ponderados pelo risco associados à determinação da exigência de capital de risco operacional para o conglomerado prudencial da Nu Brasil”, afirmou a fintech em documento à SEC, a agência reguladora de valores mobiliários dos Estados Unidos.

O banco digital afirmou que antecipa uma diminuição nos requisitos de capital para risco operacional no Nu Brasil com a transição para a metodologia ASA. Além disso, destacou que, caso essa abordagem estivesse em vigor no final de setembro, seus requisitos de capital teriam sido reduzidos em US$ 152 milhões.

Nubank completa dois anos de IPO com lucro em alta e ação em baixa

O IPO do Nubank completou seu segundo aniversário, arrecadando US$ 2,3 bilhões e marcando um dos maiores eventos de abertura de capital de 2021 globalmente. No momento de sua estreia na Bolsa de Nova York, o banco ainda estava no vermelho e contava com 48 milhões de clientes. Hoje, registrou um lucro de US$ 303 milhões no terceiro trimestre deste ano, alcançando mais de 89 milhões de usuários.

Apesar desses avanços, a jornada das ações do banco foi tumultuada. Inicialmente cotadas a US$ 9, os papéis chegaram a atingir US$ 11,85 nos dias seguintes, colocando o Nubank como o banco mais valioso da América Latina, superando até mesmo o Itaú Unibanco. Porém, nos meses seguintes, houve um declínio, seguindo a mudança de perspectiva em relação às fintechs, e nunca mais voltaram ao preço do IPO. Ontem, encerraram o dia a US$ 8,44.

O Nubank destaca que o momento do IPO foi estratégico para garantir que a empresa estivesse financeiramente preparada para um ambiente econômico mais desafiador nos anos seguintes. Desde então, introduziu 65 novos produtos e recursos em seu aplicativo. Além disso, enquanto inicialmente o Brasil dominava como seu único mercado de atuação, hoje o México e a Colômbia têm apresentado crescimento significativo, já construindo uma base considerável de clientes.

O CEO do Nubank, David Vélez, enfatiza que o valor das ações de empresas de tecnologia foi impactado por diversos fatores nos últimos anos, incluindo o panorama econômico global. Ele ressalta que estão focados na visão de longo prazo, sem se alarmar com as flutuações naturais das ações.

Quanto às perspectivas futuras, Vélez identifica dois principais impulsionadores de crescimento: expansão internacional e fortalecimento da presença no mercado. O Brasil continuará sendo fundamental, com o banco buscando ampliar tanto sua base de clientes quanto seu portfólio de serviços. Contudo, o CEO vê um grande potencial de crescimento no México e na Colômbia.

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