Nubank (NUBR33): cofundadora vende R$ 12,3 milhões em ações

A empresária Cristina Junqueira possui pouco mais de 2,5% do capital do Nubank e realizou uma venda de 590 mil ações

A cofundadora Nubank (NUBR33), Cristina Junqueira, realizou uma venda de 590 mil ações do banco digital, um volume equivalente a cerca de R$ 12,3 milhões no câmbio atual. As informações são do Suno.

A empresária possui pouco mais de 2,5% do capital do Nubank, no qual atual como Chief Growth Officer (CGO).  Trata-se da primeira venda de participação feita por Cristina Junqueira.

Nesta sexta-feira (3), por volta das 15:50 (de Brasília), as ações do Nubank recuavam 1,49%, cotadas a R$ 3,96.

Resultado positivo no 4T22

O lucro do Nubank (NUBR33) no quarto trimenstre de 2022 chamou a atenção do mercado, mesmo já sendo esperado nas prévias. Para além do lucro, o mercado viu como positiva a queda na inadimplência de curto prazo e a alta no número de novos clientes.  

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O Nubank registrou lucro líquido ajustado de US$ 113,8 milhões no quarto trimestre de 2022, uma alta de 3.456% frente ao lucro de U$ 3,2 milhões registrados no mesmo intervalo de 2021.

Excluindo os efeitos do lucro ajustado, o Nubank teve resultado líquido de US$ 58 milhões no quarto trimestre, o segundo resultado positivo do banco desde sua abertura de capital.

Especialistas ouvidos pelo BP Money analisaram de forma positiva o resultado da companhia. “O resultado do 4T22 demonstra, claramente, que a instituição entendeu o momento econômico atual que é difícil, é desafiador e, principalmente, se adaptou a isso. Os investidores hoje buscam empresas com balanços robustos, menor alavancagem, maior eficiência operacional e claramente a empresa busca fazer isso”, disse Guilherme Zanin, analista da Avenue.

A analista e sócia da Nord Research, Danielle Lopes, destacou que as provisões sempre serão um ponto de atenção para o banco, já que o perfil de clientes da fintech no Brasil é de um público que tende a necessitar mais de crédito, mas também tem maior risco para dar calote.

“A PDD [Provisão para Devedores Duvidosos] será sempre um ‘tradeoff’ para o Nubank, né? O perfil de clientes que eles atendem, que eles conseguem captar, é um perfil que pode ficar inadimplente, tem mais probabilidade, é um perfil que sofre bastante com a inflação voltando, né? É um perfil que sofre bastante com o custo de crédito bem alto”, disse Lopes.