Na última quarta-feira (15), o Nubank (NUBR33) teve o preço-alvo de seus papéis reduzido pelo Itaú BBA, passando de US$ 6,60 para US$ 4,50 no final do ano. As ações NUBR33 têm acumulado queda superior a 60% desde a abertura de capital na Bolsa de Nova York (Nyse), em 2021.
“Apesar de um preço atual mais convidativo, nós recomendamos aos investidores que fiquem longe”, escreveram os analistas do Itaú BBA em relatório.
Itaú BBA reitera que inadimplência do Nubank irá subir
O Itaú BBA estima que a inadimplência no Nubank continuará subindo de forma acelerada, o que pode forçar a empresa a desacelerar o crescimento da carteira de crédito.
No primeiro trimestre, as dívidas vencidas há mais de 90 dias subiram 0,7 ponto porcentual na comparação com o período anterior, chegando a 4,2%. Ao mesmo tempo, os empréstimos pessoais cresceram R$ 1,7 bilhões apenas entre janeiro e março, mais que diversos bancos tradicionais.
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“Esse ritmo rápido provavelmente irá impulsionar a inadimplência, na nossa visão”, afirmou o Itaú BBA.
O Nubank negou o risco, afirmando que apenas um terço dos que possuem cartão de crédito são elegíveis a empréstimos pessoais.
“O tempo pode mostrar que eles estão certos, mas nós não podemos mas não podemos conciliar a seletividade reivindicada com esse ritmo de crescimento tendo em vista a queda da renda real disponível do Brasil”, reiterou o Itaú BBA.
O Itaú BBA também observou uma alta do parcelamento com juros. O cliente Nubank pode pagar uma conta de consumo (luz, gás, água) com o cartão de crédito com juros. Além disso, está disponível o parcelamento de compras específicas tanto no débito quanto no crédito.
“Reconhecemos o benefício para a receita líquida de juros do Nubank e para os clientes, trazendo mais flexibilidade para pagar as contas. Mas essas funcionalidades podem também estar criando um risco significativo de inadimplência a médio prazo, em nossa opinião”, avaliou o banco.
