Em nova avaliação sobre as ações do Nubank (ROXO34), o BofA (Bank of América) seguiu com a recomendação neutra, mas elevou o preço-alvo de US$ 12,80 para US$ 15,00. A justificava para tal foi o valuations “premium” e o potencial limitado de alta para o preço-alvo avaliado.
Na análise, o banco indicou que o Nubank opera com um múltiplo de 10,2 vezes a relação entre preço da ação e valor patrimonial (P/B), com uma capitalização de mercado de US$ 68 bilhões, posicionando-se à frente de outras instituições financeiras na América Latina.
Os analistas Mario Pierry e Antonio Ruette observaram que, mesmo que a temporada de ganhos do segundo trimestre de 2024 tenha mostrado tendências operacionais que apoiavam a visão otimista em relação a companhia, o balanço do período mostrou aspectos negativos.
Entre eles, as estimativas de consenso para 2024 e 2025, que ficaram estáveis ao longo do ano, ao passo que o preço das ações avançou 70% desde o início do ano, levando a uma reavaliação do múltiplo, segundo o “E-Investidor”.
Em paralelo a isso, o lucro líquido do Nubank seguiu uma trajetória de crescimento, segundo o BofA, com impulsio principal vindo da geração de receita consistente e eficiência operacional.
Isso levou o balanço a um ROE recorde, mesmo com investimentos para expansão em novas áreas e produtos.
A equipe do banco norte-americano também apontou que a base de depósitos do Nubank no Brasil cresceu de forma rápida, evidenciando a solidez da marca. Enquanto isso, no México, o negócio está se expandindo e o banco já atingiu 0,8% do mercado de depósitos.
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No entanto, outra linha que cresceu rapidamente foi a taxa de créditos não performados (NPL), divergindo das tendências do setor.
O crescimento no número de cartões e empréstimos geradores de juros no Brasil desacelerou. Além disso, a desvalorização do real ressaltou a sensibilidade da companhia a variações cambiais.
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As ações do Nubank (ROXO34) estão sendo negociadas em torno de US$ 14,50 no pregão desta quarta-feira (21).
“Recebemos várias perguntas de investidores sobre por que os níveis de provisão da companhia caíram no 2T24, embora a qualidade dos ativos tenha se deteriorado. Na verdade, ouvimos argumentos pessimistas crescentes de investidores de que o banco digital estava assumindo muito risco e que os resultados foram considerados de qualidade inferior”, disse a casa, de acordo com o “Suno”.
“No entanto, achamos que o Nubank se beneficiou de uma metodologia de perda esperada sob o IFRS, que a força a registrar provisões antecipadamente, o que pode ser contracíclico às tendências reais de qualidade dos ativos”, completou.
