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Nubank (ROXO34): JP Morgan rebaixa para ‘neutro’

A “relação risco/retorno parece equilibrada agora”, ressalta em relatório divulgado a clientes e ao mercado nesta segunda-feira (22)

Nubank
Nubank / Foto: Divulgação

O JP Morgan optou por rebaixar a recomendação para as ações do Nubank (ROXO34) para neutra, após um significativo rali de 62% no acumulado do ano, levando em conta sua cotação em dólares.

O relatório divulgado nesta segunda-feira (22), aponta que a “relação risco/retorno parece equilibrada neste momento”.

Às 15h55 (horário de Brasília), as ações registravam uma queda de 3,69%, cotadas a US$12,02.

Dessa forma, o banco ajustou a recomendação para as ações do Nu Holdings devido ao potencial de valorização reduzido, preocupações com a deterioração da qualidade dos ativos no Brasil e uma desaceleração no crescimento projetado.

Além disso, a desvalorização do real influenciou a decisão. O preço-alvo para os papéis do Nu é estimado em US$14,50.

Foco do Nubank em cartões de crédito

Segundo o analista Yuri Fernandes, informações do Banco Central sobre tendências de crédito e qualidade dos ativos bancários indicam que o Nubank concentra-se fortemente em cartões de crédito voltados para clientes de baixa renda e ainda enfrenta dificuldades para atrair consumidores de maior poder aquisitivo.

Além disso, Fernandes aponta uma deterioração nas tendências de qualidade dos ativos em comparação com o setor como um todo, e uma fraqueza na expansão dos empréstimos consignados.

Apesar disso, o Nubank apresenta dados positivos em relação aos empréstimos vinculados ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

Em relação ao segundo trimestre, os indicadores até maio sugerem “participação de mercado estável no produto de cartão de crédito, diminuição na originação de empréstimos consignados trimestralmente e NPLs totais aumentando em 40 pontos base em relação ao 1T24”.

Embora a recomendação seja neutra, o analista considera a empresa um “disruptor poderoso a longo prazo”, destacando suas vantagens de custo em relação às empresas tradicionais, uma base de clientes extensa e a capacidade de expandir para novos produtos, além de uma gestão eficaz que contribui para a maior lucratividade.

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