Na última terça-feira (28), as ações do Nubank (ROXO34) fecharam em alta de 3,8%, elevando sua capitalização de mercado para US$ 58,2 bilhões. Isso colocou o banco digital à frente do Itaú, cujo valor de mercado foi de aproximadamente US$ 56 bilhões, segundo cálculos baseados nas ADRs, que são as ações do banco negociadas no exterior.
A última vez que os valores de mercado dessas instituições se cruzaram foi no início de 2022, poucos dias após a abertura de capital do Nubank. A recente mudança está sendo impulsionada pela recuperação nas ações da fintech, que subiram após os fortes resultados do primeiro trimestre. Neste ano, o Nubank acumula ganhos de 46%.
A fintech, que tem como acionistas a Berkshire Hathaway Inc., de Warren Buffett, e a Sequoia Capital, iniciou suas operações oferecendo cartões de crédito com limites baixos e aplicativos móveis fáceis de usar, atraindo brasileiros de todas as classes sociais.
Expansão de suas operações
A empresa expandiu suas operações do Brasil para o México e a Colômbia, tornando-se “um dos nomes mais atraentes nos mercados emergentes”, disse Ramiz Chelat, gestor da Vontobel Asset Management. “Eles demoraram para aumentar sua base de clientes no Brasil e depois assumiram riscos. E é claramente isso que estamos vendo também no México.”
No último trimestre, o Nubank adicionou 5,5 milhões de clientes, registrando uma receita de US$ 2,7 bilhões.
A empresa ultrapassou a marca de 100 milhões de clientes em seus três mercados: Brasil, México e Colômbia, conforme informado no início do mês. Com sede em São Paulo, o Nubank é a primeira plataforma bancária digital fora da Ásia a atingir esse marco.
A recuperação do preço das ações também elevou alguns dos cofundadores do Nubank ao clube dos bilionários. Em 28 de maio, o CEO David Vélez tinha um patrimônio líquido de US$ 11,9 bilhões, enquanto a participação da cofundadora Cristina Junqueira vale mais de US$ 1,5 bilhão.
Nubank (ROXO34) deve ter impulso no lucro, espera Itaú BBA
O Itaú BBA divulgou um relatório aos clientes e ao mercado esta semana, destacando que as tendências continuam favoráveis para o Nubank (ROXO34), graças à penetração do crédito no Brasil e à expansão no México.
O Nu Holdings (NU) é apontado como uma das principais escolhas no setor financeiro.
O banco mantém seu otimismo em relação ao Nubank e prevê uma ampliação dos lucros, alcançados pela primeira vez no ano passado. A estimativa de lucro, que é superior ao consenso do mercado, foi mantida em US$ 2,1 bilhões.
“Durante esse processo, é natural que as provisões/originações aumentem primeiro (como visto no 1T24), e as receitas posteriormente. As métricas de crédito subjacentes permanecem saudáveis e os indicadores macroeconômicos são favoráveis. Prevemos que esta carteira de maior risco impulsione o crescimento dos lucros nos próximos trimestres”, apontam os analistas.