298,8 mil

Número de ações judiciais contra planos de saúde cresce 28%

Segundo relatório do Citi, a alta se deve principalmente a mudanças regulatórias e alta judicialização do setor

Planos de saúde
Foto: Ag. Brasil

O número de ações judiciais contra operadoras de planos de saúde atingiu 298,8 mil em 2024, o que corresponde a uma alta de 28% em relação ao ano anterior, apontou levantamento do Citi baseado em dados do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Em relação a 2022, a aumento no número de ações é de 73,5%.

Segundo relatório do banco, esse crescimento é alarmante, mesmo considerando que o número de clientes dos planos aumentou. Até novembro, o levantamento registrou 5,9 processo para cada mil usuários de convênios no ano passado. Enquanto em 2023 a relação era de 4,6 e, em 2022, de 3,5.

Essa alta reflete “não apenas o perfil sistêmico de alta judicialização do setor, mas também mudanças regulatórias recentes prejudiciais como, por exemplo, remoção do teto para terapias de autismos em 2021, lista mínima de procedimentos médicos obrigatórios ampliada, em 2022”, afirmou o banco, no relatório.

A Hapvida (HAPV3), por exemplo, encerrou o terceiro trimestre de 2024 com bloqueios e depósitos judiciais de R$ 869 milhões, o dobro do registrado no mesmo período de 2023.

Setor de planos de saúde atinge 51,5 mi de usuários em novembro

Com uma alta de 1,66% na comparação anual, o setor de planos de saúde encerrou o mês de novembro com 51,5 milhões de usuários, um adicional de 843,8 mil novos usuários contra o mesmo período de 2023, ou 17 mil em relação a outubro, segundo dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

Grupo Hapvida perdeu 71,4 mil beneficiários em novembro, um reflexo da redução de 50,6 mil na NotreDame Intermédica. 

“Nos perguntamos se a fraqueza das adições líquidas da NotreDame Intermédica pode estar de alguma forma relacionada à sua integração de sistema recentemente concluída”, consta em trecho de relatório do Citi, assinado por Leandro Bastos e Renan Prata, segundo o “Valor”.

Enquanto isso, no sentido contrário, a Sulamérica liderou os ganhos de usuários entre as grandes operadoras de planos de saúde, com incremento de cerca de 36,3 mil novos membros.

Já a Bradesco Saúde sofreu uma perda de 21,7 mil usuários, ao passo que a Porto ganhou 8,8 mil. No mesmo período, a Amil teve ganho de 22,7 mil usuários.

Pelo lado das cooperativas médicas, a Unimed Nacional registrou uma queda de 10,1 mil e a Unimed BH ganhou 1,6 mil novos usuários.

O mercado de planos de saúde por adesão segue em ritmo de queda, com perda de 16,2 mil usuários, segundo o Citi.

Além disso, um crescimento segue ocorrendo no mercado de planos odontológicos, com 34,1 milhões de usuários em novembro, um incremento de 1,9 milhão de novos membros. 

A OdontoPrev ganhou 37,5 mil adições em novembro e puxou o aumento de 165,9 mil considerando a comparação com o mês imediatamente anterior.

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile