A Nvidia (NVDC34) divulgou nesta quarta-feira (23) seu balanço do segundo trimestre de 2023. A companhia reportou lucro líquido de US$ 6,19 bilhões, alta de 843,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Já o lucro por ação (EPS, na sigla em inglês) somou US$ 2,48. Em termos ajustados, o EPS corresponde a US$ 2,70.
A receita da Nvidia subiu 101% na comparação anual, para US$ 13,51 bilhões. Com isso, o resultado veio acima dos US$ 11,22 bilhões esperados pela Refinitiv.
No balanço trimestral, a companhia disse que espera receita no terceiro trimestre de cerca de US$ 16 bilhões, superior aos US$ 12,61 bilhões previstos pela Refinitiv.
O resultado trimestral reiterou o papel da Nvidia como a principal beneficiária do boom da computação de I.A., visto a grande demanda por chatbots e outras ferramentas.
“Uma nova era da computação começou. Empresas em todo o mundo estão fazendo a transição da computação de uso geral para a computação acelerada e a inteligência artificial (IA) generativa”, afirmou o fundador e CEO Jensen Huang.
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Entre abril e junho deste ano, o desempenho da Nvidia foi impulsionado pelo seu negócio de data center. A empresa obteve US$ 10,32 bilhões em receita, representando um aumento anual de 171%.
Além disso, a Nvidia informou que seu conselho de administração autorizou US$ 25 bilhões em recompras de ações.
Nvidia: CEO disse que quem não abraçar IA vai ficar para trás
Em maio deste ano, o CEO da Nvidia (NVDC34), Jensen Huang, fez uso da ironia para alertar sobre os efeitos da Inteligência Artificial no mercado de trabalho.
“Enquanto alguns estiverem preocupados que a inteligência artificial tire seus empregos, alguém que é especialista em IA vai fazê-lo”, disse aos formandos da Universidade Nacional de Taiwan, em Taipei, em 27 de maio.
Nascido no Sul da ilha e naturalizado americano, Huang chegou à cidade um dia após ver as ações de sua empresa saltarem 25% na quinta, atingindo um valor de mercado de US$ 939 bilhões (R$ 4,7 trilhões), perto do clube de US$ 1 trilhão (R$ 5 trilhões) de gigantes de tecnologia como Apple ou petróleo como Saudi Aramco.
Antes identificada com chips para games, a americana Nvidia virou uma aposta de Wall Street para aplicar em inteligência artificial, porque também produz as GPUs (Unidades de Processamento Gráfico) que são usadas para treinar modelos de linguagem para IA generativa, como o ChatGPT.
