
O empresário Nelson Tanure está no centro das atenções do mercado financeiro ao apresentar uma proposta ousada pela Braskem (BRKM5), incluindo um aporte de US$ 100 milhões em uma empresa controlada pela Novonor (antiga Odebrecht).
A notícia, revelada por Lauro Jardim no jornal O Globo, aqueceu os bastidores da economia e gerou forte repercussão entre investidores e analistas.
Segundo a proposta, além da injeção de capital, a família Odebrecht ainda teria a possibilidade de manter uma fatia de 4% na Braskem, mesmo com a mudança no controle da petroquímica.
O movimento é visto como uma jogada estratégica de Tanure para viabilizar a transação e ao mesmo tempo acomodar os atuais sócios.
Mercado reage com ceticismo à negociação da Braskem
Apesar do potencial da proposta, a conclusão da compra da Braskem está longe de acontecer de fato. O motivo? O negócio ainda depende do aval de bancos credores da Novonor e da Petrobras, que é sócia relevante da petroquímica e possui poder de veto sobre mudanças no bloco de controle.
Sendo assim, essa necessidade de múltiplas aprovações tem alimentado o ceticismo no mercado financeiro, que vê a operação como complexa e politicamente sensível.
A avaliação é que a operação exigirá uma articulação delicada, especialmente com a Petrobras, cuja participação e interesses estratégicos tornam qualquer mudança um desafio.
O que está em jogo com a venda da Braskem?
A Braskem é a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas e um ativo estratégico para a indústria nacional. Portanto, a entrada de um novo controlador pode impactar desde ações na B3 até investimentos no setor petroquímico no Brasil.
Além disso, o movimento de Tanure representa mais um passo em sua trajetória de aquisições de empresas em dificuldades, um perfil que ele vem consolidando no mercado há anos. Em suma, a investida na Braskem, no entanto, é uma das mais ambiciosas até agora.