As ações ordinárias da Oi (OIBR3) operavam em alta de cerca de 4,37%, a R$ 1,67, por volta das 12h30 (horário de Brasília) desta segunda-feira (09). Este é o primeiro dia após o grupamento, na proporção de dez para um, dos papéis da companhia de telecomunicação.
O papel ordinário da empresa fechou a última sexta-feira (06) valendo R$ 0,16. Já as ações preferenciais, OIBR4, encerraram o último pregão a R$ 0,54. Eles também foram alvo de grupamento, e eram negociados a R$ 5,24 nesta segunda.
O grupamento das ações da Oi foi feito para que a companhia se adequasse às regras da B3, além de diminuir a volatilidade das ações da tele, já que papéis negociados abaixo de R$ 1 possuem oscilações bruscas.
A própria Bolsa notifica a empresa pedindo o grupamento de ações quando os papéis de uma empresa negociam abaixo de R$ 1 por mais de 30 dias consecutivos. Porém, no caso da Oi, os ativos ordinários da tele valem centavos desde fevereiro de 2022. A empresa ainda conseguiu, por diversas vezes, prorrogar o grupamento.
Antes da junção de dez papéis em um, chegou a circular a proposta de um grupamento de 50 ações, que não foi aprovada.
Oi pode ter dado prejuízo para Tim e Claro
Os antigos clientes móveis da Oi podem ter causado um prejuízo milionário para a base de pré-pagos da Claro e da TIM (TIMS3), de acordo com relatório divulgado pela XP Investimentos (XPBR31) na quinta-feira (05).
Após a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) divulgar a base de dados de novembro de 2022, a instituição financeira identificou reduções significativas nas linhas pré-pagas.
Segundo o documento, a TIM reduziu o número de clientes líquidos desta modalidade em 3,9 milhões. Já a Claro perdeu 1,3 milhão de clientes. De acordo com os analistas Bernardo Guttmann e Marco Nardini, essas desconexões são “provavelmente explicadas pela limpeza de base de clientes Oi Móvel“.