Oi (OIBR3): ações caem mais de 9%

Oi recebeu uma notificação da Tim, Telefônica Brasil e Claro para a devolução de R$ 1,73 bilhão

As ações ordinárias da Oi (OIBR3) caíam mais de 9%, a R$ 0,40, por volta das 15h (de Brasília) desta quarta-feira (21). Já os papéis preferenciais da companhia, sob o ticker OIBR4, recuavam 6,32%, a R$ 0,89. 

O mercado ainda reage às notícias desta semana de que a companhia recebeu uma notificação das empresas Tim (TIMS3), Telefônica Brasil (VIVT3) e Claro para a devolução de R$ 1,73 bilhão às operadoras. A devolução do montante seria feita por discordâncias encontradas no contrato de venda dos ativos da Oi Móvel em abril.

De acordo com a notificação referente ao “Ajuste Pós-Fechamento” enviada, em conjunto, pela Tim, Telefônica Brasil e Claro (compradoras dos ativos móveis da Oi), a Oi deveria devolver às empresas a diferença entre o valor do ajuste pós-fechamento pelas compradoras e o valor retido (R$ 1.739.446.118,79). 

Segundo especialistas consultados pelo BP Money, caso a tele precise arcar com o valor solicitado, seu processo de recuperação judicial pode atrasar ainda mais.    

O BTG Pactual também se posicionou em relatório, em que analistas afirmaram que a notícia era “muito ruim” e que, segundo cálculos da equipe, a Oi deve perder R$ 0,24 por ação caso tenha que devolver os quase R$ 1,8 bilhão solicitados pelas teles. 

As três empresas de telecomunicações retiveram 9% do valor a ser pago à Oi (R$ 1,4 bilhão) justamente como uma proteção para eventuais ajustes. Dessa forma, as empresas dizem que não vão pagar os R$ 1,4 bilhão restante e querem ser ressarcidos por mais R$ 1,8 bilhão.

Para os analistas, mesmo que o ajuste final seja “apenas” os 9% retidos pelas teles, o equivalente a R$ 1,4 bilhão, isso ainda equivaleria a um impacto negativo de R$ 0,24 por ação da Oi.