Oi (OIBR3): processo da Anatel pode prejudicar venda da V.tal

A atual dívida da Oi, estimada em R$ 43,7 bilhões, acendeu o sinal vermelho na Anatel

O processo aberto pela Anatel contra a Oi (OIBR3) poderá prejudicar a venda da V.tal, segundo informações do “Valor Econômico”. A atual dívida da companhia, estimada em R$ 43,7 bilhões, acendeu o sinal vermelho na agência, que poderá cassar a concessão da operadora.

De acordo com o “Valor”, caso a Anatel revogue a concessão da Oi, a empresa seria obrigada a devolver os bens da concessão, inclusive os detidos atualmente pela V.tal.

Procurada pelo “Valor”, a Oi afirmou que os processos movidos pela Anatel fazem parte das obrigações da agência e que essas movimentações não interferem nos serviços da empresa.

“A companhia entende que especulações a respeito de ações do poder concedente sejam devidas ao dever fiduciário da agência de acompanhar as operações das concessionárias, acompanhamento esse que, no caso da Oi, entra em regime diferenciado devido ao processo de recuperação judicial, sem que, no entanto, exista qualquer motivo para considerações além desse acompanhamento até o momento”, escreveu a Oi no posicionamento.

Oi (OIBR3) planeja vender negócio de banda larga e outros ativos

A Oi (OIBR3) tem o plano de vender ativos como a V.tal, Oi Fibra, Oi Soluções, as subsidiárias de prestação de serviços, imóveis e outras participações para poder pagar os credores. “Como forma de levantamento de recursos, o Grupo Oi poderá promover a alienação dos bens que integram o ativo permanente listados no anexo, bem como outros bens, móveis ou imóveis, integrantes do seu ativo permanente”, contou a empresa no plano de recuperação judicial aprovado no sábado (20) pelo conselho.

O destaque dentre os ativos que a Oi pode abrir mão foi a Oi Soluções, braço de conectividade e TI para empresas. O bem era apontado como um dos negócios estratégicos do novo grupo após a venda das redes móveis, além de ter alta capacidade de geração de caixa.

A empresa também pretende vender a participação de 34% que detém na V.tal, empresa de redes de fibra ótica controlada pelo BTG Pactual (BPAC11). Antes era integralmente da Oi, e a alienação do seu controle já foi uma forma de levantar dinheiro anos atrás. Desde então, a operadora passou a ser uma locatária das redes de fibra da V.tal.