Os papéis da Oi (OIBR3) tiveram recomendação neutra mantida pelo BTG Pactual (BPAC11). Além disso, a casa estipulou um preço-alvo de R$ 0,25 para os próximos doze meses.
Nesta semana, a companhia telefônica divulgou seu resultado do terceiro trimestre de 2022, mostrando redução do prejuízo em 36%, para R$ 3,064 bilhões. Segundo os especialistas do banco, no entanto, o balanço ainda apresentou números preocupantes.
“Após o resultado, revisamos nosso preço-alvo baseado em um valuation com metodologia de DCF (fluxo de caixa descontado) para R$ 0,25 pelo fato de que a companhia mostrou um consumo de caixa acima do esperado um Capex potencialmente mais alto no curto prazo, acima do que projetávamos”, escreveu o BTG em relatório.
A respeito da saúde financeira da companhia, os analistas da instituição financeira destacam os R$ 18,3 bilhões de dívida líquida e a queima de caixa de R$ 1,4 bilhão.
“A dívida líquida da Oi neste trimestre ficou R$ 2,2 bilhões acima do 2T22 devido ao consumo de caixa, depreciação cambial e ajustes de valor. Em relação ao consumo de caixa, os dois principais foram operações financeiras (R$ 512 milhões), principalmente devido ao bônus semestral no pagamento de juros (pago em agosto) e capex (R$ 635 milhões)”, escreveram.
Oi (OIBR3) tem prejuízo de R$ 3 bilhões no 3T22
A Oi (OIBR3) registrou prejuízo líquido de R$ 3 bilhões no terceiro trimestre deste ano, redução de 36,3% ante prejuízo de R$ 4,8 bilhões registrados no mesmo período de 2021. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de rotina soma R$ 168 milhões, queda de 88,5% sobre o terceiro trimestre de 2021. Na época atingindo R$ 1,4 bilhão.
A margem Ebitda de rotina da Oi ficou em 6,1% no trimestre, ante 32,3% de um ano antes, recuo de 26,2 p.p na comparação anual. Já a receita líquida consolidada totalizou R$ 2,7 bilhões, permanecendo em linha com o segundo trimestre e apresentando redução de 38,7% em relação ao intervalo entre junho e setembro de 2021.
Entretanto, a companhia destacou que o trimestre marcou o começo do novo modelo operacional, com crescimento nas receitas do novo core, com foco em fibra e na Oi Soluções (segmento de B2B). Considerando apenas essas operações continuadas, o avanço foi de 10% no trimestre, totalizando R$ 2,4 bilhões.