As ações da Oi (OIBR3) foram rebaixadas pelo BTG Pactual (BPAC11), indo de “compra” para “neutro”. Em relatório divulgado nesta quarta-feira (05), o banco afirmou entender que o ativo não possui mais potencial de alta.
“Com a venda de grandes ativos encerrada, estamos revisitando o caso de investimento, atualizando nosso modelo e rebaixando a ação para neutro”, escreveram os analistas do BTG.
Além de rebaixar os papéis da companhia, a casa também revisou para baixo o preço alvo das ações da Oi, indo para R$ 0,40. Segundo os analistas do banco de investimentos, o corte foi fruto da conclusão atrasada da venda de ativos, além das estimativas de crescimento mais baixas e resultados piores do que o esperado sobre as negociações da Anatel.
De acordo com o BTG, a Oi pagou R$ 15,0 bilhões de dívida bruta, cortando o valor bruto da dívida ajustado de R$ 36 bilhões em 2021 para R$ 21 bilhões, que inclui R$ 8,5 bilhões títulos de dívida em dólares para 2025 e R$ 11 bilhões em dívida reestruturada com bancos e ECAs.
No relatório, a casa ainda escreveu que a situação do fluxo de caixa está “longe de ser confortável”. “O Capex deve cair após a venda das divisões de telefonia móvel e infraestrutura, mas o consumo de caixa deve permanecer relativamente alto por vários anos”, destacou.
Por volta das 16:55 (de Brasília), as ações da Oi despencavam 6,98%, cotadas a R$ 0,40.
Oi (OIBR3): Telefônica, TIM e Claro entram com arbitragem
Telefônica Brasil (VIVIT3), TIM Brasil (TIMS3) e Claro Brasil anunciaram na última segunda-feira (03) que irão entrar com processo arbitral contra a Oi (OIBR3;OIBR4) na Câmara de Arbitragem do Mercado da B3, em uma tentativa de recuperar R$ 1,73 bilhão da operadora em recuperação judicial na negociação dos seus ativos móveis.
As companhias dizem que o processo é necessário, “tendo em vista o manifesto descumprimento pela vendedora de determinados termos do contrato após a troca de notificações acerca do ajuste de preço pós-fechamento”.
Mês passado, as três companhias abriram disputa com a Oi por conta de discordâncias encontradas no contrato, após análise feita pela KPMG. O ajuste total reivindicado pelas telecomunicadoras é de R$ 3,18 bilhões.