A Oi (OIBR3) soma R$ 35 bilhões em dívidas e pode sofrer uma intervenção direta da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). A informação é do jornal “Estadão”.
De acordo com o veículo de informação, caso a intervenção ocorra, a agência assumiria o comando da Oi e toda a diretoria da empresa seria afastada. Segundo o “Estadão”, uma fonte da alta cúpula da Anatel afirmou que, em uma escala de zero a dez, a chance de uma intervenção é de seis.
O órgão quer entender qual é o objetivo da Oi com a tutela de urgência cautelar concedida pela Justiça nas últimas horas. No documento, a operadora escreveu que tentou chegar a um acordo com os credores para refinanciar as dívidas bilionárias, mas não obteve êxito.
Nesta sexta-feira (03), por volta das 14:10 (de Brasília), as ações da Oi avançavam 1,24%, cotadas a R$ 1,63.
Oi (OIBR3) pede proteção contra credores e sinaliza nova RJ
A Oi (OIBR3) pediu, na quarta-feira (1º), uma liminar que a proteja de credores com os quais soma dívidas de cerca de R$ 29 bilhões, incluindo bancos e detentores de títulos. O pedido foi protocolado na 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. O pedido pode vir acompanhado de um novo processo de recuperação judicial da companhia, de acordo com documentos vistos pela “Reuters”.
A medida vem após a Oi sair de um processo de recuperação judicial em dezembro do ano passado, que durou quase seis anos e meio. De acordo com a empresa, ela tentou chegar a um acordo com os credores para refinanciar sua dívida, mas até agora não obteve sucesso.
A companhia afirma não poder pagar R$ 600 milhões devidos aos detentores de títulos em 5 de fevereiro, o que desencadearia a aceleração de quase todas as dívidas financeiras.
A medida processual é a mesma utilizada pela Americanas (AMER3), que, em 13 de janeiro, obteve proteção de 30 dias contra a cobrança de dívidas por parte dos seus credores.
“Apesar do inquestionável sucesso da primeira recuperação judicial, que, por meio da mudança de seu plano estratégico de atuação, com novo foco de operações voltado a serviços de fibra ótica e incluindo a transferência para outros investidores de parte de seus negócios, permitiu a redução substancial de seu endividamento total, a estrutura de capital da companhia continua insustentável”, disse a Oi em comunicado.