Um grupo de acionistas minoritários da Oi (OIBR3) solicitou nesta quinta-feira (26) uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) com o intuito de destituir o Conselho de Administração da companhia. Entretanto, a operadora argumenta que a documentação apresentada está incompleta, inviabilizando o andamento dessa solicitação.
Em comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a Oi informou que o pedido foi feito pelos acionistas Tempo Capital Principal Fundo de Investimento em Ações, Victor Adler e VIC DTVM S/A, detentores de mais de 1% do capital social da companhia.
“Com efeito, o pedido não contempla os nomes dos membros que os requerentes pretendem indicar para o Conselho de Administração da companhia”, escreveu a companhia ao apontar uma das falhas do material.
Além da destituição, o grupo pede que a assembleia discuta a reforma do Estatuto Social da Companhia e, caso a destituição do conselho seja aprovada, a eleição de novos membros com um mandato unificado de dois anos.
Nesta quinta-feira, por volta das 14:30 (de Brasília), as ações da Oi disparavam 9,52%, cotadas a R$ 2,30.
Oi (OIBR3): CVM questiona empresa após disparada de ações
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) questionou a Oi (OIBR3) após disparada no volume de negociação das ações, de acordo com documento enviado ao mercado na quarta-feira (25). Nas últimas cinco sessões, o papel OIBR3 disparou 90%.
Apenas nesta sessão, a alta foi de 34,62%, a R$ 2,10. Já o papel preferencial da Oi subiu 19,95%, a R$ 4,93 nesta sessão. Já o volume negociado diário pulou de R$ 32 milhões para R$ 46 milhões.
De acordo com a empresa, não há atos relevantes que em seu entendimento possam justificar possíveis oscilações atípicas no número de negócios e na quantidade negociada de ações da companhia, além daqueles amplamente já divulgados ao mercado.
Oi (OIBR3): UBS BB derruba preço-alvo
O preço-alvo dos papéis da Oi (OIBR3) foi cortado pelo UBS-BB. O banco reduziu o preço-alvo da operadora de R$ 6 para R$ 1,35 para os próximos doze meses. A casa, no entanto, manteve a recomendação neutra do papel.
Em relatório publicado no domingo (22), a instituição financeira escreveu que as novidades após o fim da recuperação judicial não foram tão favoráveis para a empresa telefônica.
“Além disso, há uma disputa com as grandes empresas de telecomunicação, que reivindicam R$ 3,5 bilhões como um ajuste pós-fechamento da avaliação do negócio de telefonia móvel da Oi“, afirmaram os analistas Leonardo Olmos, Andre Salles e Lucas Chaves.
Segundo o UBS BB, as ações da Oi caíram 77% nos últimos seis meses, mas a operação é negociada a 15 vezes do valor da empresa (EV)/Ebitda, em especial pela participação positiva da Oi na V.tal.
“Ficamos à margem e baixamos nosso preço-alvo para R$ 1,35, de R$ 6 (-78%), no aumento da alavancagem e na dificuldade de melhorá-la apenas com geração de fluxo de caixa“, destacou o UBS-BB.