Oi (OIBR3): pedido de bancos é negado em processo de recuperação

Itaú, BB e Caixa escutaram um “não” da Justiça no processo de recuperação judicial da Oi

Itaú (ITUB4), BB (BBAS3) e Caixa Econômica escutaram um “não” da Justiça no processo de recuperação judicial da Oi (OIBR3). De acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira (08), o juiz Fernando Viana, responsável pelo caso, rejeitou os argumentos das instituições financeiras, contrárias ao término desse período na companhia telefônica. A notícia é do portal “Valor Econômico”. 

Credores da empresa, os bancos pediram uma prorrogação do processo de recuperação judicial da companhia. As instituições monetárias queriam bloquear o valor recebido com a venda de ativos da Oi, para garantir o pagamento de dívidas da companhia.

Segundo Viana, a alegação dos bancos de que a Oi estaria realizando um esvaziamento patrimonial é infundada, pois as vendas de ativos estão previstas no plano de recuperação judicial da companhia. 

Ainda de acordo com o juiz, nos documentos da recuperação judicial da Oi, não existe a obrigação de que os valores das vendas desses ativos fossem reservados para o pagamento dos credores.

Oi (OIBR3): CEO confia em fim de recuperação judicial

O CEO da Oi (OIBR3), Rodrigo Abreu, afirmou que o fim do processo de recuperação judicial da companhia “poderia ser decretado a qualquer momento” pelas autoridades judiciais. A fala foi feita durante sua participação no podcast da “Genial Investimentos” na última quarta-feira (07).

“Do nosso ponto de vista, a gente cumpriu até hoje 100% das obrigações de recuperação. Então, do ponto de vista formal, o fim da recuperação judicial poderia ser decretado a qualquer momento. A análise está na mão do juiz, a empresa continua entregando todos os compromissos de recuperação”, afirmou Abreu.

O executivo ainda disse que a recuperação da Oi “tem sido muito positiva para proteger a companhia em que você conta com disputas como essa”.

“A recuperação judicial é vista sempre como algo muito negativo. De fato, a origem sempre vai ser algo negativo. No entanto, como essa condição, muitas vezes, acontece até por fatores exógenos, pandemia, crise, etc., ela é um mecanismo importante do capitalismo para proteger o valor das empresas”, argumentou. 

Ainda de acordo com o CEO da companhia, ainda é necessário discutir a dívida da companhia com credores.

“Tem sim algumas discussões em andamento. Essa discussão já aconteceu lá no primeiro plano, é uma continuação. Muitos dos credores são os mesmos, mas a visão é justamente de busca de uma equação que faça sentido para a companhia”, relatou o executivo da Oi.