Segundo o BTG Pactual, a Oi (OIBR3;OIBR4) deve perder R$ 0,24 por ação após a Claro, TIM Brasil (TIMS3) e Vivo (VIVT3) pedirem a devolução de R$ 1,73 bilhão da empresa. O montante corresponde à diferença entre o ajuste pós-fechamento e o valor retido pelas compradoras na operação de venda da unidade móvel da Oi.
Do total, R$ 768.974.532,35 é correspondente ao valor a ser devolvido à Tim, R$ 587.002.011,99 corresponde ao valor a ser devolvido à Telefônica e R$ 383.469.574,45 corresponde ao valor a ser devolvido à Claro, segundo o comunicado da empresa que ainda se encontra em recuperação judicial.
As três empresas de telecomunicações retiveram 9% do valor a ser pago à Oi (R$ 1,4 bilhão) justamente como uma proteção para eventuais ajustes. Dessa forma, as empresas dizem que não vão pagar os R$ 1,4 bilhão restante e querem ser ressarcidos por mais R$ 1,8 bilhão.
Os analistas do BTG Carlos Sequeira, Osni Carfi e Vitor Melo destacaram que a Oi não receberá de imediato o valor, retido pelas três teles, e seu caixa de curto prazo ficará sob pressão enquanto o valor final a ser reajustado estiver em discussão.
As três empresas de telecomunicações retiveram 9% do valor a ser pago à Oi (R$ 1,4 bilhão) justamente como uma proteção para eventuais ajustes.
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Então, agora eles estão dizendo que não vão pagar os R$ 1,4 bilhão restante e querem ser ressarcidos por mais R$ 1,8 bilhão.
Se não houver acordo, haverá o parecer de mais um auditor independente e, caso a situação persista, uma arbitragem será acionada. Para os analistas, mesmo que o ajuste final seja “apenas” os 9% retidos pelas teles (R$ 1,4 bilhão), isso ainda equivaleria a um impacto negativo de R$ 0,24 por ação.
Ainda segundo o BTG, o modelo da Oi está sendo revisado e novas estimativas devem ser publicadas nas próximas semanas.
As ações da Oi (OIBR3;OIBR4) fecharam em baixa de, respectivamente, 6,38% e 3,06%, nesta terça-feira (20).
