A Oi (OIBR3) divulgou nesta quarta-feira (14) seu balanço do primeiro trimestre de 2023. A companhia reportou prejuízo líquido de R$ 1,267 bilhão entre janeiro e março, revertendo lucro líquido de R$ 1,623 bilhão visto no mesmo intervalo de 2022.
A receita líquida da Oi totalizou R$ 2,227 bilhões no primeiro trimestre deste ano, alta de 4,8% na comparação anual.
O Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) de rotina, por sua vez, somou R$ 234 milhões nos primeiros três meses deste ano, recuo de 81,3% em relação ao mesmo trimestre de 2022. Já a margem Ebitda de rotina atingiu 7,7% entre janeiro e março deste ano, baixa de 20,1 pontos percentuais frente a margem registrada no mesmo trimestre do ano anterior.
De acordo com a operadora, a redução do Ebitda está associada à conclusão da venda das operações de mobilidade, que tinha uma contribuição positiva e da infraestrutura de fibra, em linha com o Plano Estratégico de Transformação da Oi.
As despesas operacionais (Opex) de rotina totalizaram R$ 2,3 bilhões no primeiro trimestre de 2023, recuo de 26,9% em relação ao mesmo período de 2022.
No primeiro trimestre de 2023, a despesa com pessoal apresentou um total de R$ 500 milhões, queda de 3,2% na base anual e crescimento de 7,1% na base trimestral.
Já o resultado financeiro líquido da Oi foi negativo em R$ 1,148 bilhão nos primeiros três meses deste ano, ante ganhos financeiros de R$ 1,874 bilhão da mesma etapa de 2022.
Em 31 de março de 2023, a dívida líquida da Oi era de R$ 20,940 bilhões, uma redução de 33,4% na comparação com a mesma etapa de 2022.
Oi (OIBR3) recebe primeira parcela de financiamento de R$ US$ 200 mi
A Oi (OIBR3) anunciou na última sexta-feira (9) o recebimento da primeira parcela do financiamento DIP em 7 de junho, conforme estipulado no “Note Purchase Agreement”, no valor total de US$ 200 milhões. A Oi comunicou por meio de fato relevante.
Além disso, no comunicado, a empresa de telecomunicações destacou que trabalhará para que a segunda parcela seja menor, de US$ 75 milhões.
A empresa também destacou que “mantém a negociação da documentação definitiva do acordo de apoio à reestruturação e lock-up com a maioria dos Credores Financeiros, para facilitar a implementação de uma proposta de reestruturação financeira de longo prazo e permitir a aprovação de uma forma eficiente do plano de recuperação judicial”.
Desde meados de outubro, a Oi vem discutindo o seu novo plano de recuperação judicial com os credores, tendo contratado a Moelis para auxiliar nesse processo.
Atualmente a Oi soma uma dívida de R$ 43,7 bilhões. No ano de 2022, a empresa registrou prejuízo líquido de R$ 5 bilhões, reduzindo em mais de 50% os R$ 10,5 bilhões de prejuízo anotados um ano antes.