Oi (OIBR3): Agência reduz rating da empresa para “default”

Segundo o jornal InfoMoney, a agência justifica que a tutela cautelar dada para a companhia é semelhante a uma suspensão de pagamento de dívida

A agência de classificação de riscos S&P Global Ratings rebaixou os ratings de crédito da empresa, após a concessão da proteção contra os credores da Oi (OIBR3;OIBR4), deferida pela 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro nesta sexta-feira (3).

De acordo com o InfoMoney, a nota passou de “CCC-” (de risco de não pagamento de suas dívidas) para “D”, dada a empresas em situação de default. “Consideramos a Oi em default geral“, diz a nota da S&P.

Como justificativa, a agência disse que a tutela cautelar concedida à Oi é semelhante a  uma suspensão de pagamento de dívida, pois permite que a empresa não cumpra com nenhuma de suas obrigações financeiras nos próximos 30 dias.

Para a agência, a Oi vem apresentando métricas de crédito abaixo da média, sua estrutura de capital é insustentável e aponta para outra reestruturação da dívida, explicou o InfoMoney. Na avaliação da S&P, a Oi poderia utilizar o prazo de 30 dias para preparar uma nova recuperação judicial.

“Caso ela não ocorra, outra possibilidade seria a empresa chegar a um acordo com os credores para reestruturar sua dívida, o que consideraríamos um default de fato, dada a posição financeira estressada da Oi. O pedido de tutela cautelar da Oi sugere que as negociações demoraram mais do que o esperado, levando a empresa a agir para proteger sua posição de caixa e suas operações”, disse a S&P em nota.

Oi (OIBR3) pede proteção contra credores e sinaliza nova RJ

A Oi (OIBR3) pediu, na quarta-feira (1º), uma liminar que a proteja de credores com os quais soma dívidas de cerca de R$ 29 bilhões, incluindo bancos e detentores de títulos. O pedido foi protocolado na 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. O pedido pode vir acompanhado de um novo processo de recuperação judicial da companhia, de acordo com documentos vistos pela “Reuters”.

A medida vem após a Oi sair de um processo de recuperação judicial em dezembro do ano passado, que durou quase seis anos e meio. De acordo com a empresa, ela tentou chegar a um acordo com os credores para refinanciar sua dívida, mas até agora não obteve sucesso.

A companhia afirma não poder  pagar R$ 600 milhões devidos aos detentores de títulos em 5 de fevereiro, o que desencadearia a aceleração de quase todas as dívidas financeiras. 

A medida processual é a mesma utilizada pela Americanas (AMER3), que, em 13 de janeiro, obteve proteção de 30 dias contra a cobrança de dívidas por parte dos seus credores.

“Apesar do inquestionável sucesso da primeira recuperação judicial, que, por meio da mudança de seu plano estratégico de atuação, com novo foco de operações voltado a serviços de fibra ótica e incluindo a transferência para outros investidores de parte de seus negócios, permitiu a redução substancial de seu endividamento total, a estrutura de capital da companhia continua insustentável”, diz a empresa em comunicado.

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile