Recuperação judicial

Oi (OIBR3) solicita encerramento do Chapter 15 nos EUA

Grupo Oi pede fim do reconhecimento nos EUA do processo brasileiro e considera iniciar recuperação judicial direta no país norte-americano

(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

O Grupo Oi (OIBR3) comunicou ao mercado, nesta segunda-feira (7), que solicitou o término do Chapter 15 em Nova York, bem como o fim do reconhecimento, pela Justiça dos EUA, do processo de recuperação judicial brasileiro como procedimento estrangeiro principal das empresas do grupo.

O Chapter 15 é um mecanismo que permite a empresas estrangeiras obter proteção judicial nos tribunais americanos, garantindo reconhecimento ao processo conduzido no país de origem.

No caso da Oi, isso englobava suas subsidiárias Portugal Telecom Finance BV e Oi Brasil Holdings Cooperatief U.A.

Com essa medida, a companhia possuía salvaguarda legal para seus ativos fora do Brasil. Contudo, após análise estratégica sobre o estágio atual da recuperação judicial no país, a empresa optou por encerrar o Chapter 15.

Apesar disso, a Oi ressaltou que a decisão não significa alívio imediato para sua situação financeira.

A empresa permanece avaliando alternativas, incluindo a possibilidade de ingressar com um pedido de recuperação judicial nos EUA via Chapter 11, procedimento que trata diretamente da reorganização financeira sob a legislação americana de falências.

Na última semana, o Grupo Oi intensificou suas ações diante da pressão econômica, como o pedido de recuperação judicial das subsidiárias Serede e Tahto, protocolado na 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro.

Essas medidas fazem parte da reestruturação global do grupo, com objetivo de preservar a continuidade das operações e viabilizar a reorganização financeira das empresas. Para isso, a companhia busca capital adicional e investimentos para fortalecer suas áreas de negócio remanescentes.

O anúncio acompanha também a prorrogação do plano de saída da recuperação judicial já informada ao mercado, além de um aditamento ao plano que visa reduzir custos imediatos, após a nova diretoria constatar o descumprimento de premissas regulatórias, financeiras e mercadológicas adotadas pela gestão anterior.