Oi (OIBR3) tem prejuízo líquido de R$ 845 mi no 2T23; elevação de 69,9%

Apesar disso, a operadora que está em recuperação judicial apresentou uma redução de prejuízo em relação ao 1T23

A Oi (OIBR3; OIBR4), companhia que está em processo de recuperação judicial, divulgou ao mercado na noite desta quinta-feira (10), os resultados do segundo trimestre de 2023 (2T23). A operadora reportou um prejuízo líquido de R$ 845 milhões, um saldo negativo e 69,9% maior que o reportado no mesmo período no ano passado.

Contudo, a Oi reduziu 33,4% o prejuízo registrado no primeiro trimestre deste ano. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) da companhia foi de R$ 42 milhões, o que representa uma queda de 99,5% em bases anuais e de 80,6% na comparação com o primeiro trimestre deste ano. Já o Ebitda de rotina da companhia foi de R$ 133 milhões, com queda de 65,8%.

Receitas da Oi

Nesse sentido, a companhia reportou uma receita líquida de R$ 2,434 bilhões, ou seja, uma queda de 11,2% em relação ao segundo trimestre do ano passado. Além disso, houve uma redução de 2,8% em relação ao primeiro trimestre de 2023.

Sendo assim, o desempenho da companhia foi um reflexo da queda de 50,3% receita dos serviços legados, para R$250 milhões, que superou a expansão dos serviços core, como a Oi Fibra a Oi Soluções.

Por outro lado, as receitas da Oi Fibra apresentaram um crescimento de 15,3% na comparação anual, para R$ 1,1 bilhão e as da Oi Soluções avançaram 2,8%, para R$ 705 milhões. Sendo assim, o faturamento consolidado da chamada Nova Oi, que exclui o legado, cresceu 10,5%, para R$ 2,168 bilhões.

A receita média por usuário (ARPU) da Oi Fibra cresceu 2,4% na comparação anial, para R$ 90,70. O capex da Oi, por sua vez, sofreu uma redução de 74,5% na mesma base de comparação, suportada pelo novo modelo operacional na fibra e alocação mais eficiente, segundo a companhia.

O resultado financeiro líquido da companhia ficou negativo em R$ 565 milhões, mas apresentou uma melhora de 82% na comparação com um ano antes e recuperou 50,8% das perdas do primeiro trimestre. A administração da Oi destacou o recebimento da primeira tranche do financiamento DIP, no início de junho, que reforçou a posição de caixa da companhia, de R$ 2,6 bilhões, alta de 41% em bases anuais.

A dívida líquida da operadora encerrou o segundo trimestre deste ano em R$ 21,198 bilhões, alta de 31,5% em bases anuais. Em relação ao primeiro trimestre, a dívida cresceu 1,2%.

Por fim, a Oi encerrou o período entre abril e junho com 4,059 milhões de casas conectadas ao serviço e contou com 60 mil adições líquidas no período.