Oi (OIBR3) espera receber mais US$ 75 mi de acordos com credores

A Oi já recebeu uma parcela de financiamento de R$ US$ 200 milhões

O CEO da Oi (OIBR3), Rodrigo Abreu, afirmou nesta quinta-feira (15) que espera que os credores liberem mais US$ 75 milhões do financiamento DIP – modalidade de financiamento para empresas em recuperação judicial – nos próximos meses.

“Continuamos negociando com o grupo de credores e acreditamos que vamos assinar o RSA [Acordo de Suporte à Reestruturação, na sigla em inglês] no início de julho”, disse Abreu em teleconferência.

O financiamento vencerá em 15 meses e tem como garantia a alienação de participação da Oi na V.tal, rede neutra de fibra óptica controlada por fundos do BTG Pactual (BPAC11). Segundo o executivo da operadora, a companhia tem intenção de se desfazer de sua participação remanescente na V.tal, pois ela não traz qualquer retorno para a Oi.

Além disso, Abreu ainda não descartou uma negociação direta com a Vivo (VIVT3), TIM (TIMS3) e Claro sobre o valor final dos ativos móveis, arrematados pelas concorrentes. As três operadoras querem um desconto de R$ 3,18 bilhões na transação.

“Não afastamos a possibilidade de um acordo direto com as empresas, fora da arbitragem, que possa inclusive trazer liquidez mais imediata à companhia”, revelou o executivo.

Nesta quinta-feira (15), por volta das 14:40 (de Brasília), as ações da Oi desabavam 4,67%, cotadas a R$ 1,02.

Oi (OIBR3) tem prejuízo de R$ 1,26 bi no 1T23

A Oi (OIBR3) divulgou nesta quarta-feira (14) seu balanço do primeiro trimestre de 2023. A companhia reportou prejuízo líquido de R$ 1,267 bilhão entre janeiro e março, revertendo lucro líquido de R$ 1,623 bilhão visto no mesmo intervalo de 2022.

A receita líquida da Oi totalizou R$ 2,227 bilhões no primeiro trimestre deste ano, alta de 4,8% na comparação anual.

O Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) de rotina, por sua vez,  somou R$ 234 milhões nos primeiros três meses deste ano, recuo de 81,3% em relação ao mesmo trimestre de 2022. Já a margem Ebitda de rotina atingiu 7,7% entre janeiro e março deste ano, baixa de 20,1 pontos percentuais frente a margem registrada no mesmo trimestre do ano anterior.

De acordo com a operadora, a redução do Ebitda está associada à conclusão da venda das operações de mobilidade, que tinha uma contribuição positiva e da infraestrutura de fibra, em linha com o Plano Estratégico de Transformação da Oi.

Em 31 de março de 2023, a dívida líquida da Oi era de R$ 20,940 bilhões, uma redução de 33,4% na comparação com a mesma etapa de 2022.