A partir de 1º de maio, o Open Investments estará oficialmente em vigor no mercado, permitindo acesso detalhado às posições dos clientes em outras instituições financeiras, mediante seu consentimento.
Em sintonia com esse avanço, a XP Investimentos anunciou o lançamento, na última segunda-feira (15), da ferramenta de Planejamento Financeiro no HUB.
“Vemos o Open Investments como uma oportunidade incrível para aqueles que mantêm um relacionamento próximo com seus clientes e têm um bom desempenho em suas carteiras” afirma a XP.
Com essa ferramenta, a XP Investimentos destaca a capacidade de comparar os ativos externos e motivar os clientes a trazê-los para a plataforma. Contudo, a companhia destaca que o contrário também é verdadeiro.
Para clientes com maior exposição e relacionamentos consolidados em outros bancos, compartilhar nossas posições pode acarretar em riscos significativos, explica.
“Por isso, estamos desenvolvendo estratégias em conjunto com o time de Expert Allocation para informá-los sobre as oportunidades/ameaças relacionadas ao tema e oferecer sugestões para abordar esses clientes”.
Open Investiment
Em resumo, o Open Investment proporcionará uma assessoria mais personalizada e simplificará a gestão da carteira de investimentos.
O objetivo é permitir que os investidores compartilhem dados de investimentos entre as instituições participantes do ecossistema, possibilitando que estas conheçam melhor o perfil de seus clientes.
Como funcionará?
Inicialmente, os grandes bancos serão obrigados a participar do Open Investment, enquanto a participação de outras instituições, como bancos digitais e corretoras, é voluntária. No entanto, o Banco Central já anunciou que, em breve, o sistema seria expandido para incluir todas as outras instituições financeiras do mercado.
Em entrevista à Folha, no ano passado, o chefe de regulação do BC, João André Pereira, afirmou que essa limitação de participantes e produtos é necessária para garantir o bom funcionamento do ecossistema.
Isso porque ainda há muitas instituições financeiras que precisam ajustar seus processos às exigências da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e à Lei do Sigilo Bancário, o que demanda expressivos investimentos em tecnologia.