OpenAI: funcionários ameaçam ir para Microsoft 

O movimento surge em apoio ao ex-CEO da OpenAI, Sam Altman

Centenas de funcionários da OpenAI ameaçaram se demitir e ir para a Microsoft (MSFT34) caso o atual conselho da companhia não renuncie. O movimento surge em apoio ao ex-CEO da empresa, Sam Altman, demitido na última sexta-feira (17) e contratado pela própria Microsoft.

Em carta assinada por aproximadamente 500 dos cerca de 770 funcionários da startup, seus signatários escreveram que são “incapazes de trabalhar para ou com pessoas que carecem de competência, julgamento e cuidado com nossa missão e funcionários”.

O documento ainda afirmou que, na ausência de um novo conselho e da reintegração de Altman e do colega cofundador da OpenAI, Greg Brockman, os colaboradores podem optar por assumir cargos na Microsoft. 

“A Microsoft nos garantiu que há vagas para todos os funcionários da OpenAI nesta nova subsidiária, caso decidamos ingressar” pontuou a carta dos funcionários.

O documento é endossado pela Diretora de Tecnologia da OpenAI, Mira Murati, e Ilya Sutskever, um membro que tem sido visto como fundamental nas ações do conselho.

OpenAI, dona do ChatGPT, demite CEO

OpenAI, companhia responsável pela gestão do ChatGPT, anunciou na sexta-feira (17) que seu CEO e fundador, Sam Altman, foi demitido.

Em comunicado, a empresa informou que uma investigação interna descobriu que executivo nem sempre foi sincero com a diretoria e que por isso a confiança foi quebrada.

“A saída do Sr. Altman ocorre após um processo de revisão deliberativa do conselho, que concluiu que ele não foi consistentemente sincero em suas comunicações com o conselho, prejudicando sua capacidade de exercer suas responsabilidades. O conselho não tem mais confiança em sua capacidade de continuar liderando a OpenAI”, disse a companhia.

A OpenAI anunciou que Mira Murati, diretora de tecnologia da empresa, atuaria como CEO interina até que um sucessor permanente seja escolhido.

A demissão de Altman não agradou às empresas que apoiaram a OpenAI. A Thrive, que deveria liderar uma oferta pública de aquisição de ações de funcionários, ainda não transferiu o dinheiro e deixou claro à empresa que a saída do executivo afetará suas ações.