A Opep+ está avançando em negociações para postergar um aumento na produção de petróleo previsto para outubro, após os preços do petróleo caírem para seu menor nível em nove meses, conforme revelaram duas fontes do grupo de produtores à Reuters nesta quinta-feira (5).
A decisão vem em um período em que os preços do petróleo estão em declínio, acompanhando a tendência de outras classes de ativos, devido a receios sobre uma economia global enfraquecida e a dados econômicos particularmente fracos da China, o maior importador de petróleo do mundo.
Na semana passada, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, liderados pela Rússia, estavam preparados para implementar um aumento na produção de 180.000 barris por dia a partir de outubro, como parte de um plano para reduzir gradualmente os cortes mais recentes.
A percepção instável do mercado sobre a possibilidade de aumento da oferta pela Opep+ e o término de uma disputa que havia interrompido as exportações da Líbia, combinados com um cenário de enfraquecimento da demanda, intensificaram as preocupações dentro do grupo.
A Opep e o departamento de comunicação do governo saudita não retornaram os pedidos de comentário enviados na quarta-feira (4).
Opep+ mantém previsão de aumento na produção de petróleo em 2024
A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) manteve a previsão de aumento na produção de petróleo em 2024, de acordo com o relatório mensal publicado nesta segunda-feira (12).
A organização espera que a oferta de combustíveis líquidos do Brasil suba 100 mil barris por dia (bpd) neste ano, para uma média de 4,3 milhões de bpd.
Para o próximo ano, a projeção é de alta de 180 mil bpd, a 4,5 milhões de bpd. Ambas as projeções permaneceram inalteradas em relação a última publicação.
A Opep também espera avanço do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em 2024, de 1,8%, contra o 1,6% do relatório anterior.
A expectativa é de avanço de 1,9% no próximo ano, a mesma da última publicação, mas a Opep nota que há possibilidade de revisão para cima, se o BC do Brasil retomar flexibilização monetária em setembro.