A OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) manteve sua previsão de alta na demanda global por petróleo em 2023, em 2,3 milhões de barris por dia (bpd), de acordo com relatório mensal publicado nesta quinta-feira (13).
É esperado que a demanda em países que integram a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento) cresça cerca de 100 mil bpd este ano. Fora da OCDE, a previsão da OPEP é de avanço em torno de 2,2 milhões de bpd no consumo em 2023.
A OPEP acredita que os países que irão contribuir mais para o incremento da oferta em 2023 são Brasil, Canadá, Noruega, Cazaquistão e Guiana. Por outro lado, é esperada redução na oferta da Rússia.
Além disso, a OPEP informou em seu relatório que sua produção teve queda de 86 mil bpd em março ante fevereiro, para uma média de 28,80 milhões de bpd.
OPEP+ anuncia corte na produção de petróleo de 1 milhão de barris
Em 2 de abril, a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) anunciou um corte de mais de 1 milhão de barris de petróleo por dia, abandonando as garantias anteriores de que manteria a oferta estável para manter um mercado estável.
A Arábia Saudita liderou o cartel prometendo sua própria redução de oferta de 500 mil barris por dia. A Rússia, que também pretende reduzir em 550 mil a produção diária, disse que o corte que estava implementando de março a junho continuaria até o final de 2023. Outros membros, incluindo Kuwait, Emirados Árabes Unidos e Argélia, seguiram o exemplo da Arábia Saudita.
No total, 1,1 milhão de barris foram cortados da produção diária da OPEP. Uma diminuição significativa para um mercado onde a oferta parecia apertada para o final do ano.
Petróleo: Credit Suisse reduz previsão de preço para US$ 80/barril no 2T23
O Credit Suisse revisou para baixo sua previsão para o preço do petróleo Brent no segundo trimestre de 2023. A redução foi de US$85 por barril para US$ 80 por barril. O banco incorporou na sua projeção o corte de produção anunciado pela OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados).
Já as previsões de médio a longo prazo permanecem inalteradas, resultando em um preço médio de US$ 83 por barril em 2023, US$ 80 por barril em 2024, US$ 75 por barril em 2025 e US$ 70 por barril em 2026.
“Em nossa opinião, o estresse financeiro, o aperto do crédito e o potencial para a China superar as expectativas do mercado provocaram desconforto suficiente na Opep+ para que eles tomassem uma medida preventiva, ou seja, manter os estoques apertados cortando a produção [de petróleo] agora, em vez de esperar por um pouso forçado”, escreveram os analistas Regis Cardoso e Marcelo Gumiero, em relatório.