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Opep+ concorda em avaliar corte de produção em dezembro

Os baixos preços forçaram os membros da Opep a adiar um aumento da produção até dezembro

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Petróleo Opep / Foto: Freepik

Os principais membros da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) concordaram em aliviar as restrições voluntárias a partir de dezembro, em uma reunião online nesta quarta-feira (2).

Os baixos preços forçaram os membros da Opep a adiar um aumento da produção até dezembro.

O grupo havia concordado, inicialmente, segundo o “InfoMoney”, em começar a aliviar os cortes voluntários no mês de outubro.

Petróleo fecha no vermelho, limitado por projeção da Opep

petróleo fechou em queda no início de setembro após o relatório da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) apontar para uma desaceleração da demanda de alguns países, especialmente da China.

Nas negociações na Nymex, o petróleo tipo WTI para outubro fechou com queda de 4,31%, a US$ 65,74 o barril — o menor nível desde março de 2023 —, enquanto o tipo Brent para novembro, negociado na ICE, registrou perdas de 3,96%, a US$ 69,19 o barril, alcançando a maior mínima desde dezembro de 2021.

Na perspectiva dos analistas da Moody’s, a queda nos preços da commodity reflete as expectativas de mercado sobre a demanda global. Segundo a instituição, o relatório da Opep afetou consideravelmente os mercados ao tocar em um ponto sensível: a demanda chinesa, que já estava no radar dos investidores nos pregões anteriores.

A instituição apontou que o mercado está mais pessimista em relação ao consumo de petróleo também devido a uma desaceleração econômica e à eletrificação de frotas. “O sintoma atual é de pessimismo gerado por essa perspectiva de um menor consumo, não só no curto prazo, mas também no longo prazo”, explicou a Moody’s.

Petróleo: comerciantes globais veem preço entre US$ 60 e US$ 70

As tradings globais de commodities Gunvor e Trafigura veem que os preços do petróleo podem ficar entre US$ 60 e US$ 70 por barril devido à demanda mais lenta na China, além do persistente excesso de oferta global. As declarações foram feitas nesta segunda-feira (9) por executivos das tradings durante uma conferência.

Os preços do petróleo estão sendo pressionados pelos receios com a redução da demanda nas principais economias, como China e EUA, mesmo com as expectativas anteriores de que a demanda de verão fosse positiva. A queda atual da commodity ocorre após os preços terem chegado a US$ 90 por barril no início de 2024.

O alívio no mercado veio depois que a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados) concordou, na semana passada, em adiar um aumento planejado da produção de petróleo para outubro e novembro. Por outro lado, os traders de commodities alertam que esse alívio pode ser bem curto.