OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) anunciou, na sexta-feira (31), um corte de mais de 1 milhão de barris de petróleo por dia, abandonando as garantias anteriores de que manteria a oferta estável para manter um mercado estável. As informações são do Bloomberg.
A Arábia Saudita liderou o cartel prometendo sua própria redução de oferta de 500 mil barris por dia. A Rússia, que também pretende reduzir em 550 mil a produção diária, disse que o corte que estava implementando de março a junho continuaria até o final de 2023. Outros membros, incluindo Kuwait, Emirados Árabes Unidos e Argélia, seguiram o exemplo da Arábia Saudita.
No total, 1,1 milhão de barris foram cortados da produção diária da OPEP. Uma diminuição significativa para um mercado onde a oferta parecia apertada para o final do ano.
Apesar da surpresa, sendo que até sexta a organização não indicava sinais que realizaria a ação, o mercado gostou da suspensão da produção diária de petróleo da OPEP, já que o mercado avalia como positivo ter petroleiras nesses níveis.
Veja a tabela de redução
Arábia Saudita – 500.000
Rússia – 500.000
Iraque – 211.000
Emirados Árabes Unidos -144.000
Kuwait – 128.000
Cazaquistão – 78.000
Argélia – 48.000
Omã – 40.000
Petrobras (PETR4) anuncia contrato de parceria com a Shell
A Petrobras (PETR4) assinou nesta quinta-feira (9) um contrato com duração de cinco anos para uma parceria com a Shell. De acordo com a estatal, a ideia é identificar potenciais oportunidades de negócio no upstream (exploração de petróleo e gás), compartilhando experiências e melhores práticas em redução de emissões de carbono e iniciativas socioambientais.
Ainda segundo a empresa, o acordo não vinculante foca em potenciais oportunidades de exploração dentro e fora do pré-sal, incluindo a Margem Equatorial e também contempla esforços de transição energética, com ênfase em renováveis e Captura, Utilização e Armazenamento de Carbono (CCUS). Na frente ambiental, Petrobras e Shell pretendem estabelecer projetos para preservar e restaurar a biodiversidade, com o objetivo de emitir créditos para compensar as emissões de carbono. Além disso, as empresas também buscarão atuar em conjunto em projetos de investimento social.
“Contar com parceiros como a Shell é fundamental para os planos futuros da Petrobras, pois as parcerias conferem solidez e robustez aos projetos conjuntos em áreas que a empresa está buscando diversificação rentável, como renováveis e hidrogênio. Vamos buscar entendimento com os maiores players para seguir nessa jornada da Petrobras por uma transição energética justa”, destacou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.
“Neste momento, em que a Shell comemora nosso aniversário de 110 anos de trabalho no Brasil, este empolgante acordo reforça tanto a importância do país em nosso portfólio global quanto nossa forte parceria com a Petrobras”, disse Wael Sawan, CEO da Shell.