Os principais ministros da OPEP+ afirmaram nesta quinta-feira (6), que a OPEP+ poderia ajustar seu mais recente acordo de produção de petróleo, o qual prevê a reversão de alguns cortes de produção ainda este ano, se necessário para sustentar o mercado. Isso ocorreu após uma reação baixista do mercado ao complexo acordo.
Os líderes e autoridades-chave da OPEP+, que consiste na Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados liderados pela Rússia, se reuniram em um fórum econômico em São Petersburgo. Eles também elogiaram o acordo e expressaram otimismo em relação às perspectivas da demanda de petróleo.
Cortes da OPEP+
No domingo, alguns membros da OPEP+, incluindo a Rússia, concordaram em eliminar gradualmente os cortes voluntários de 2,2 milhões de barris por dia ao longo de um ano, a partir de outubro. Além disso, a OPEP+ também decidiu manter outros cortes, totalizando 3,66 milhões de barris por dia, até o final de 2025.
O preço do petróleo caiu esta semana, com o petróleo bruto Brent atingindo uma mínima de quatro meses, ficando abaixo de 77 dólares por barril na terça-feira. Esse declínio foi motivado pelo ceticismo em relação ao impacto do aumento da oferta, especialmente em meio ao aumento da produção fora da OPEP+, e dúvidas sobre a demanda.
“É um acordo de um ano e meio, tem todos os mecanismos, alguns dos mecanismos não são novos, nós também já o exercitamos antes”, disse o Ministro de Energia saudita, Príncipe Abdulaziz bin Salman. “Especialmente essa questão de pausar ou reverter.”
Alexander Novak, vice-primeiro-ministro russo, afirmou que o acordo atual da OPEP+está contribuindo para equilibrar a oferta e a demanda, proporcionando segurança aos mercados de energia. Ele também destacou que o grupo estará preparado para ajustar o acordo, se necessário.
“No entanto, estamos prontos para reagir rapidamente às incertezas do mercado”, disse Novak, sentado ao lado do ministro saudita da energia e de outros convidados, no fórum.