Orizon (ORVR3) adquire 51% de aterro sanitário em Juazeiro do Norte

Operação inclui ainda uma opção de compra da participação restante (49%) em condições pré-definidas

A Orizon (ORVR3), uma das maiores empresas de gestão de lixo do Brasil, divulgou ao mercado na manhã desta sexta-feira (18), que adquiriu  aquisição de 51% da divisão de destinação final da Revert – Soluções Ambientais Ltda. formada pelo aterro sanitário localizado em Juazeiro do Norte, estado do Ceará. O documento vinculante foi assinado através de subsidiária integral da OMA.

Nesse sentido, a transação da Orizon compreende uma opção de compra da participação restante, dos 49%, em condições pré-definidas.

De acordo com o comunicado divulgado pela companhia, o empreendimento é a única destinação adequada de resíduos da região com população de aproximadamente 1,4 milhão de habitantes e geração estimada de até 1.200 toneladas diárias a serem destinadas no aterro.

“A transação fortalece o posicionamento geográfico da Companhia e ratifica sua estratégia de crescimento quanto à ampliação de seu volume de resíduos sob gestão permitindo ainda a implantação de opcionalidades, tais como a exploração de biogás, créditos de carbono, energia elétrica, biometano, recuperação de recicláveis, dentre outros”, diz a Orizon.

Orizon (ORVR3) fará follow-on de R$ 400 mi

A Orizon está prestes a anunciar um follow-on de R$ 400 milhões que dará saída à Jive, dona da 10% da companhia, segundo fontes ouvidas pelo site Brazil Journal. 

De acordo com a publicação, a gestora de ativos distressed entrou no capital da Orizon como parte da aquisição da Estre Ambiental, em novembro de 2021. A Orizon comprou sete aterros da concorrente junto com a Jive, usando créditos comprados dos bancos credores para pagar a aquisição. Na sequência, ela comprou a participação da Jive nesses ativos, pagando parte em dinheiro e parte em ações. 

Há quatro meses, a companhia de gestão de resíduos fez um aumento de capital para pagar a parcela em ações, entregando R$ 8,2 milhões de ações à Jive.  São essas ações — que valem hoje cerca de R$ 305 milhões ao preço de tela — que estão sendo colocados à venda no follow-on. A Orizon também fará uma oferta primária de R$ 100 milhões para fortalecer sua posição de caixa para eventuais aquisições e bancar o crescimento orgânico da companhia. Os coordenadores da oferta são o BTG Pactual (líder), Itaú BBA e Santander.  A Jive está vendendo sua posição por meio de um follow-on em vez de um block trade a pedido da Orizon, segundo uma das fontes. 

Basicamente, a empresa quer ter o controle de quais serão os acionistas que vão entrar em sua base. A ideia é buscar gestoras long only, que tenham uma visão de longo prazo e estejam alinhadas com a estratégia de crescimento da companhia. Hoje, os maiores acionistas da Orizon são a família controladora, que tem 47% do capital, e as gestoras Equitas, Hix, Tarpon, Utilico e Kinea, além da Jive.  

Hoje, a ação da Orizon negocia em torno de R$ 15 milhões por dia. Com a oferta, a expectativa é dobrar esse montante.  A companhia deve começar o roadshow amanhã e a precificação da oferta está prevista para quinta-feira da semana que vem. 

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