O vice-presidente-executivo de estratégia global de clientes e Brasil da Bloomin’ Brands, dona do Outback, esclareceu que a marca não está de saída do Brasil.
Segundo ele, o comunicado de que o grupo estava “explorando e avaliando alternativas estratégicas” para a operação no Brasil foi mal interpretado.
O aviso em questão foi incluído no balanço trimestral do grupo, o mesmo que reportava um prejuízo contábil de US$ 84 milhões (cerca de R$ 440,2 milhões).
“Tirando os efeitos contábeis [por pagamento de dívidas], nosso resultado é um lucro ajustado de US$ 64 milhões […] como companhia global, a gente está bem, no Brasil, bem”, afirma Berenstein.
Venda do Outback não está descartada
A venda, porém, não está descartada. No comunicado do início de maio, a Bloomin’ dizia que, para maximizar os ganhos de seu acionistas, poderia também vender as operações.
“Não se limita a uma venda. Se a gente não achar nem o veículo, nem o parceiro adequado… porque, quando a gente fala em alternativa, esse é um trabalho que o banco faz, é um negócio enorme. E uma das alternativas é não fazer nada”, diz o executivo, que ocupou até o ano passado o cargo de presidente do grupo no Brasil.
A rede quer terminar 2024 com 18 novas unidades que estarão funcionando até agosto. O investimento em cada novo restaurante gira em torno de R$ 5 milhões, dinheiro que vem da geração de caixa da rede.
Com isso, os negócios da Bloming Brands no Brasil conseguem operar sem alavancagem e ficam menos suscetíveis às oscilações nas condições de crédito.
Além de Outback, o grupo tem Abbraccio (que terá duas novas unidades em 2024) e Aussie, esse último voltado para o delivery.