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Pague Menos (PGMN3) desaba 10% com cortes de recomendação do Itaú BBA

O preço-alvo foi reduzido de R$ 5 para R$ 4,20 até o final de 2024, indicando um potencial de valorização de 9% em relação ao fechamento de quarta (3)

As ações da Pague Menos (PGMN3) apresentaram uma forte queda na B3 nesta quinta-feira (4), registrando uma baixa de 10,62%, cotadas a R$ 3,45 às 13h20 (horário de Brasília). Essa movimentação ocorre após o Itaú BBA revisar a recomendação de “outperform” (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) para “marketperform” (desempenho em linha com a média do mercado, ou neutra).

O preço-alvo foi reduzido de R$ 5 para R$ 4,20 até o final de 2024, indicando um potencial de valorização de 9% em relação ao fechamento de quarta-feira (3).

Os analistas do banco ajustaram as estimativas para a Pague Menos, levando em consideração seus resultados mais recentes e a projeção reduzida para a abertura de lojas, conforme orientação da empresa.

A empresa tem mantido o foco na conclusão da integração da Extrafarma, que avançou significativamente ao longo de 2023, e no fortalecimento de sua estrutura de capital. No entanto, o ritmo mais lento de abertura de lojas neste ano, juntamente com a expectativa de um reajuste menor no preço dos medicamentos, resultou em revisões para baixo em seus números. Essas revisões foram magnificadas pela abordagem conservadora em relação à subvenção do ICMS, após a aprovação da MP 1.185.

Portanto, diante do múltiplo preço/lucro em 2024 de 37 vezes, os analistas decidiram reduzir a recomendação. Para eles, a alavancagem financeira da companhia está entre as principais preocupações dos investidores sobre a tese.

Visão do Itaú BBA

”A empresa tomou medidas para melhorar sua estrutura de capital, incluindo a captação de aproximadamente R$ 300 milhões em capital próprio no terceiro trimestre de 2023 e, mais recentemente, revisando seu guidance para abertura de lojas”, aponta.

O banco antecipa que a PGMN apresente uma relação dívida líquida/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 2,6 vezes no quarto trimestre de 2023. Isso sugere que ainda há um percurso significativo a percorrer para atingir a meta de alavancagem financeira de 1,7 vez até o final de 2024, conforme orientação da empresa.

Em relação à revisão para baixo na projeção de abertura de lojas, o BBA destaca que o crescimento orgânico fica em segundo plano por mais um ano. A empresa ajustou sua previsão de abertura de lojas em 2024 para 30 novas lojas brutas, em comparação com as 120 estimadas anteriormente.

As aberturas mais lentas de lojas já eram esperadas. “No entanto, isso marca um segundo ano consecutivo de crescimento orgânico mais lento do que o previsto. Parece necessário do ponto de vista financeiro, mas também cria uma oportunidade para os concorrentes (aqueles com uma posição financeira mais robusta) ganharem participação de mercado nas regiões centrais da PGMN, o que também pode pressionar a receita e a rentabilidade da empresa”, avalia.

Os analistas observam que, até o momento, a PGMN conseguiu manter uma participação de mercado mais ou menos estável no Norte e no Nordeste desde a aquisição da Extrafarma. No entanto, alertam que um eventual agravamento do ambiente competitivo continua sendo um ponto-chave a ser monitorado.

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