Para Inter (INBR32), diversificação é melhor opção para 2023

Para o Banco Inter, o ano de 2023 será um ano de incertezas para o mercado doméstico

Em relatório para investidores, o Banco Inter (INBR32) escreveu que 2023 será um ano de incertezas tanto para o mercado doméstico quanto para o mercado internacional. Por conta disso, a casa recomenda a criação de uma carteira diversificada.

“Recomendamos a distribuição dos investimentos, não somente entre a renda fixa e a renda variável, mas também entre o Brasil e o exterior. Considerando o atual patamar de juros, 2023 será um ano favorável para a renda fixa, com destaque para títulos indexados no Brasil, com elevados prêmios e a proteção do risco de inflação. Em renda variável, o stock picking será ainda mais importante e preferimos os setores defensivos com especial atenção para Utilities, Seguradoras, e commodities, como agrícolas e energéticas”, escreveu a instituição financeira. 

Os analistas da casa reiteram que 2022 foi um ano de elevação dos juros globais, no qual a inflação cresceu de forma significativa, gerando um forte aperto monetário.

“É um ambiente desafiador com a elevação dos juros globais e expectativa de desaceleração do crescimento. A inflação mais alta em 2022 resultou em um aperto monetário maior que o esperado, o que pode resultar em um soft landing ou até uma recessão. A China, que sempre destoava em momentos de crise global, parece seguir os pares dessa vez, também mostrando sinais de desaceleração”, afirmaram. 

Para 2023, o Banco Inter espera uma nova escalada na taxa de juros, ocasionada pela incerteza sobre o desequilíbrio das contas públicas e sobre a trajetória de queda da inflação.

“Aqui no Brasil, a incerteza sobre o futuro do orçamento e desequilíbrio das contas públicas também devem resultar em maiores taxas de juros ao longo de 2023, gerando ainda incerteza sobre a trajetória de queda da inflação e impactando o crescimento do PIB”, afirmou o banco. 

A instituição financeira ainda escreveu que o governo de transição de Lula (PT) trouxe um clima de incerteza econômica para 2023 por conta da PEC da Transição, que prevê um furo de mais de R$ 100 bilhões no teto de gastos. 

“O governo de transição trouxe um aumento considerável na incerteza econômica com as discussões sobre a PEC que pode aumentar gastos em mais de R$ 200 bilhões, sem oferecer contrapartidas, o que pode voltar a pressionar a inflação e deteriorar a trajetória da dívida. O Copom deixou claro que está vigilante em relação aos desenvolvimentos e que não irá se furtar de seu mandato de trazer a inflação à meta”, afirmou o Banco Inter.